JM Na Educação
Vamos Ler encerra ações de 2015
Da Redação | 27 de novembro de 2015 - 04:30
Programa de Mídias na Educação do JM encerra mais um ano de atividades e faz avaliação dos resultados obtidos a partir do novo formato, proposto em março, contemplando educação a distância, uso da internet e das novas tecnologias unidas à leitura de jornal
O Programa Vamos Ler – Mídias na Educação, realizado pelo Jornal da Manhã desde 2008, encerra mais um ano de atividades formando professores para uso consciente das mídias em sala de aula. Os resultados alcançados em 2015 são ainda mais especiais, pois estão relacionados com a nova fase do programa, que foi implementada em março e buscou introduzir nas escolas o acesso a notícias no formato online e, partir disso, inserir práticas contemplando a internet e as novas tecnologias na educação.
Uma das vantagens do novo formato foi o acesso amplo e irrestrito a todas as edições do jornal, concedido às equipes gestora e docente das escolas, também aos alunos e seus familiares, além da formação para professores focada no uso de tecnologia e internet, atendendo à demanda do século XXI.
A respeito da aceitação dos alunos e dos familiares para a leitura online de notícias, as respostas dos educadores envolvidos nesse trabalho se dividem. Alguns colocam que não foi favorável, alegando que muitos jovens não têm acesso à web em suas residências, já outros apontam que foi muito boa, com grande aceitação. “Já esperávamos que este primeiro ano, considerado que foi experimental, nos mostraria os melhores caminhos a serem seguidos quanto ao novo formato de trabalho. Mudanças serão feitas para que as escolas sejam melhor atendidas”, coloca a coordenadora do Vamos Ler, Talita Moretto.
Mesmo com uma nova proposta, mais atual, de trabalho o Vamos Ler não perdeu sua essência e continua reforçando a importância de levar a sociedade para dentro das escolas, e conduzir ações que aproximem os jovens de fatos reais, de situações cotidianas, valorizando a autonomia e o papel cidadão de cada um. “Percebe-se que eles têm grande interesse em estarem atualizados quanto às noticias que circulam sobre nosso país. Isso nos dá grande satisfação, pois de um mesmo texto podemos subtrair muitas informações diferentes. Acredito que há sempre aprendizado diante do acesso frequente a informações”, afirma o professor José Sidnei da Silva, que participou pela primeira vez do programa.
Educação a distância
Vamos Ler criou AVA para os professores
Durante todo o ano letivo os professores tiveram a oportunidade de participar de duas formações (semestrais) no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do Vamos Ler. O AVA ficou disponível em tempo integral a todos os educadores, um grande diferencial, já que nos anos anteriores as formações aconteciam em dois momentos com apenas quatro horas de duração cada um.
De acordo com Talita, manter um espaço aberto ao diálogo é uma vantagem que todos os professores devem aproveitar. “Cada oficina ficou aberta à participação dos professores durante todo o semestre, ou seja, os professores tiveram tempo suficiente para absorver o material, tirar todas as dúvidas, trocar experiências com os colegas, compartilhar sugestões de atividades, além de nós também podermos compartilhar mais sugestões de leitura e recursos para serem usados em sala de aula”, explica.
Para a professora Joycelaine Cabral Bach, “a formação é uma ferramenta a mais para alicerçar nosso trabalho em sala de aula. Acredito que devem ser cada vez mais disponibilizado para os docentes que querem aprimorar seus conhecimentos”.
“A nova metodologia do Vamos Ler, com formação a distância para professores, estava em teste durante este ano. Com certeza, necessita de melhorais e mudanças, mas acreditamos ser imprescindível inserir novos formatos e possibilidades em nosso trabalho. Já está na hora de inovar. A formação do aluno está sempre em primeiro lugar, então ignorar os avanços da tecnologia e o acesso que os jovens fazem da internet não é mais aceitável, principalmente para nós, que somos um veículo de comunicação e responsáveis por uma parte das informações que esses jovens consomem diariamente”, destaca Talita.