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Coluna Fragmentos: Universidades e reitores

A coluna ‘Fragmentos’, assinada pelo historiador Niltonci Batista Chaves, publicada entre 2007 e 2011, retorna como parte do projeto '200 Vezes PG', sendo publicada diariamente entre os dias 28 de fevereiro e 15 de setembro

Notícia sobre a nomeação do professor Daniel Albach Tavares ao cargo de reitor da UEPG – JM, 29 de março de 1979
Notícia sobre a nomeação do professor Daniel Albach Tavares ao cargo de reitor da UEPG – JM, 29 de março de 1979 -

A Universidade Estadual de Ponta Grossa é uma das instituições de ensino superior mais tradicionais e respeitadas do Paraná. Criada em 1969, por decreto do ex-governador Paulo Pimentel, a UEPG exerce um importante papel no desenvolvimento dos Campos Gerais, formando profissionais, realizando pesquisas e projetos de extensão relevantes. 

No caso brasileiro, foi somente no século XIX que o país passou a contar com faculdades isoladas – como as faculdades do Rio de Janeiro e da Bahia – que acabaram se transformando em universidades (compreendidas como a reunião de faculdades).

A palavra universidade deriva do latim universitas e significa corporação, agrupamento ou universalidade. As primeiras estruturas universitárias, semelhante ao existente nos dias atuais, surgiram na Europa por volta do século XI. Bulas papais e cartas patentes dos reis europeus são os primeiros documentos que tratam oficialmente da constituição e das regras dos agrupamentos entre mestres e aprendizes (ou estudantes).

Essas primeiras universidades foram criadas para formar clérigos, juristas e burocratas das cidades que exerciam funções comerciais e diplomáticas importantes. Nesse contexto destacam-se as Universidades de Bolonha e Salerno (Itália), Paris e Chartres (França), Oxford (Grã-Bretanha) entre outras.

Até o final do século XII, as universidades eram administradas pelos Conselhos Universitários. Mas em 1180, na Universidade de Bolonha, surgiu a figura do reitor (palavra que também vem do latim e que significa aquele que dirige). Eleito pelo Conselho Universitário, era de sua competência presidir as cerimônias de colação de grau acadêmico, a supervisão das matrículas, do trabalho dos copistas e dos livreiros que atuavam nos campi universitários.

Nesses primórdios, em Bolonha, o reitor obrigatoriamente deveria ser um estudante com – no máximo – 25 anos, que tivesse conhecimento de leis e que fosse reconhecidamente virtuoso e honesto.

Seguindo o exemplo de Bolonha, várias universidades instituíram o cargo de reitor. Na Universidade de Paris, os mandatos eram de apenas três meses, sendo que mestres e estudantes revezavam-se no exercício da função.

A partir do século XV, com o avanço do capitalismo, as grandes navegações e com uma expansão do conhecimento científico, tornou-se necessário profissionalizar e agilizar a administração universitária. Nesse contexto os reitores receberam mais atribuições, sobrepondo-se as demais instâncias administrativas. Com poderes concentrados e ampliados, foi então que os reitores passaram a ser chamados pelo título de “magníficos”.

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O material original, com mais de 170 colunas, será republicado na íntegra e sem sofrer alterações. Por isso, buscando respeitar o teor histórico das publicações, o material apresentará elementos e discussões datadas por tratarem-se de produções com mais de uma década de lançamento. Além das republicações, mais de 20 colunas inéditas serão publicadas. Completando assim 200 publicações.

Publicada originalmente no dia 03 de agosto de 2008.

Coluna assinada por Niltonci Batista Chaves. Historiador. Professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná.

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