PG 191 Anos
Cidade organiza estudos de urbanização
Rodrigo de Souza | 14 de setembro de 2014 - 03:58
Com a finalidade de melhorar a qualidade de vida da população ponta-grossense, a Prefeitura Municipal realiza estudos de mobilidade urbana para criação de projetos em um futuro próximo. O principal deles, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan) é também o mais recente.
A iniciativa de montar ‘uma nova Ponta Grossa’, conforme friza o prefeito Marcelo Rangel, tem como prioridade a descentralização do comércio local, além do replanejamento do sistema viário da cidade. A arquiteta, urbanista e coordenadora de projetos do Iplan, Nisiane Madalozzo, explica que é preciso realizar estudos detalhados de cada ponto de integração, linhas e trajetos para atualizar o transporte público do município. “Está em fase de contratação do Plano de Mobilidade, que vai nos trazer estudos mais detalhados, e pesquisas mais precisas para que possamos pôr em prática um novo sistema de transporte coletivo que realmente funcione”, revela Nisiane. Para a arquiteta, o principal desafio no momento é conseguir interligar os bairros de Ponta Grossa sem que os ônibus precisem passar pelo centro, para que desafogue o tráfego na região.
Outra proposta, revelada pela arquiteta e urbanista Silvia Contin, diz respeito a plano diretor do município. Para ela, o principal problema atual é a criação de conjuntos habitacionais distantes, que precisam de investimentos em infraestrutura – como saneamento, iluminação e transporte. “Primeiro é preciso preencher os chamados ‘vazios urbanos’ existentes na regiões já estruturadas em Ponta Grossa. Existem loteamentos e terrenos completamente desabitados no meio da cidade, onde já se encontram toda a estrutura necessária para o bem estar de uma família”, afirma. Silvia acredita que o custo do preenchimento desses espaços seja menor e mais rentável ao poder público, já que a cidade só gastaria com questões simples, como pavimentação.
dependência
Bairros distantes do centro necessitam de suporte externo
Para as especialistas, o maior problema de conjuntos habitacionais distantes é a falta de estrutura nas proximidades. Novos conjuntos habitacionais dependem de sistemas externos - como postos de saúde, por exemplo - para garantir a comidade e o bem estar da população. Como a prefeitura não consegue garantir recursos para todos eles, solução seria habitar os ‘vazios urbanos’ existentes no centro da cidade e crescer gradativamente.