Fabio Campana
Loira em apuros
Da Redação | 23 de fevereiro de 2016 - 04:19
Loira em apuros
A prisão de João Santana, incluído na “difusão vermelha” da Interpol, não abala apenas os inquilinos do Palácio do Planalto.Provoca pânico também na senadora Gleisi Helena Hoffmann, do PT nativo, que lançou mão dos serviços do marqueteiro para sua fracassada campanha à prefeitura de Curitiba, em 2008. A situação de Gleisi pode piorar sobremaneira, pois a prestação de contas divulgada pelo coordenador da campanha da petista, o então deputado André Vargas (atualmente preso em Curitiba na esteira da Operação Lava-Jato) em 2008 apontava um total de gastos de R$ 6.903.530,23. Levantamento produzido pelo jornal “Folha de S. Paulo”, com base no sistema de prestação de contas eletrônica do TSE, indica que a campanha de Gleisi gastou R$ 16 milhões só com o marqueteiro, agora procurado pela PF.
Pois, pois, a loira vai ter que rebolar para explicar essa.
A casa caiu
A Polícia Federal deflagrou, na manhã de ontem, a 23ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Acarajé” em alusão ao termo utilizado por investigados para denominar dinheiro em espécie. O publicitário João Santana, arquimarqueteiro do PT, é um dos alvos desta etapa. Foram expedidos mandados de prisão para ele e sua mulher e sócia, Monica Moura. Ambos estão na República Dominicana. Os nomes de ambos estão incluídos na lista da Interpol em alerta vermelho. Segundo sua assessoria, Santana vai se apresentar à PF junto com Monica.
Operador preso
Também foi preso o engenheiro Zwi Skornicki, apontado pela Polícia Federal como um dos maiores operadores de propina da Petrobras. Preso desde junho do ano passado, o empresário Marcelo Odebrecht teve um novo pedido de prisão negado pelo juiz Sério Moro.
Melancia para Marina
Marina Silva (Rede) foi recebida na sexta, 19, em Ponta Grossa, por uma solitária caminhonete de melancias – uma alusão à ambientalista, politicamente considerada “verde por fora, mas vermelha por dentro”. O encontro na cidade dos Campos Gerais reuniu pouca gente, a maioria ex-integrantes do PCdoB e assessores do deputado Aliel Machado, ex-comunista e agora na Rede.
PMDB versus Requião
O PMDB de Curitiba, controlado pelos dissidentes do grupo do ex-governador Orlando Pessuti, faz convenção municipal hoje, 23, das 16h às 21h, no Hotel Caravelle, na região central da capital. “A convenção será uma homenagem à democracia interna do partido”, disse o ex-deputado Stephanes Junior, presidente do partido em Curitiba.
Direção do partido
No encontro, o PMDB vai eleger os membros do diretório e a nova executiva que comandarão a legenda nas eleições de 2016.
PTB quer Curi & Cia.
O deputado Alex Canziani, presidente do PTB do Paraná, esteve na Assembleia Legislativa agora há pouco e convidou quatro deputados do PMDB – Alexandre Curi, Artagão Junior, Luiz Claudio Romanelli e Jonas Guimarães – a se filiar no partido trabalhista. Canziani e os quatro deputados conversaram por uma hora no legislativo.