Fabio Campana
Não tem moleza
Da Redação | 24 de fevereiro de 2016 - 04:12
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu por unanimidade manter o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, à frente das investigações sobre os vínculos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um apartamento tríplex da empreiteira OAS, no condomínio Solaris, no Guarujá. Para o conselho, a decisão de Conserino de abrir uma investigação sobre ligação entre Lula e o imóvel está dentro das normas estabelecidas pelo Ministério Público de São Paulo e pelo próprio CNMP, mesmo que ele não seja o promotor natural do caso. Com a decisão, Lula deverá ser ouvido por Conserino. Todos os conselheiros presentes em plenário concordaram com o voto do relator, Valter Shuenquener, o mesmo que concedeu liminar suspendendo o depoimento de Lula e da mulher dele, Marisa Letícia. Shuenquener votou pelo arquivamento do pedido de instauração de processo disciplinar para aplicar sanção ao promotor que investiga o ex-presidente.
Panelaço
Grupos de WhatsApp e páginas de movimentos pró-impeachment nas redes sociais convocam panelaço para as 20h de ontem, quando foi ao ar o programa do PT de 10 minutos no horário destinado à propaganda partidária.
Não há timing
Dirigentes petistas lamentavam desde segunda o timing da exibição da propaganda — que o partido chegou a adiar no início do ano, à espera de um período mais favorável. A exibição, no entanto, coincidiu com a prisão do marqueteiro João Santana, até 2014 responsável pelas peças publicitárias do partido e dos candidatos petistas à Presidência.
Presta contas
O secretário Mauro Ricardo Costa (Fazenda) presta contas do Governo do Estado, sobre o último quadrimestre de 2015, nesta quarta-feira, 24, às 14h30, na Assembleia Legislativa.
Crescimento espantoso
O patrimônio do marqueteiro João Santana, consultor da presidente Dilma Rousseff e alvo principal da 23ª fase da Operação Lava Jato, cresceu 5.758% entre os anos de 2004 e 2014. Os dados foram levantados a partir da quebra do sigilo do publicitário, suspeito de ter recebido dinheiro do esquema do petrolão e depois lavado os recursos com a simulação de contratos. Informações da Receita Federal indicam que, em 2004, Santana tinha patrimônio de cerca de 1 milhão de reais, patamar que saltou para expressivos 59,12 milhões de reais em 2014, declarados como resultado de “lucros e dividendos recebidos pelas suas empresas de publicidade”.