Conselho Da Comunidade
Mudanças para os legisladores?
No Conselho da Comunidade, Isonel Sandino Meneguzzo comenta sobre a redução do número de vereadores em Ponta Grossa.
| 07 de dezembro de 2016 - 01:44

No Conselho da
Comunidade, Isonel Sandino Meneguzzo
comenta sobre a redução do número de vereadores em Ponta Grossa.
Antes mesmo de iniciarem os mandatos referentes ao último
pleito eleitoral, os vereadores de Ponta Grossa (eleitos e reeleitos) já se
deparam com temas polêmicos, como as propostas de atribuição de desconto em
folha aos faltosos, redução no número de cadeiras e redução salarial.
A análise que se faz a seguir, pauta-se no princípio ético.
Se um trabalhador qualquer, seja ele da iniciativa privada ou pública faltar
sem justificativa legal ou plausível, o que deve ser feito por seu chefe é a
atribuição de falta e consequente desconto em seu salário. Por qual motivo um
vereador é privilegiado em detrimento de outros funcionários/trabalhadores? Não
consigo visualizar nada que possa distinguir este ou qualquer outro cargo e que
coloque os vereadores acima dos demais trabalhadores. Minha visão em relação a
isso é que todos somos iguais.
Em relação ao número de cadeiras no legislativo, acredito
que a proporção de candidatos x população deveria ser revista. O simples fato
de não termos políticas públicas efetivas já justifica a redução no número de
cadeiras. Para reforçar isso, um exemplo: nossos parques municipais abandonados
há anos! Poderia dar mais algumas dezenas de exemplos, porém, o espaço neste
texto não me permite.
Finalmente, em relação à redução salarial, acredito que se
essa medida fosse tomada, deveria ser feita de forma transicional. Ou seja,
estabelecer um prazo para que isso fosse ocorrendo progressivamente. Afinal, se
as pessoas trabalhadoras e mais humildes pagarão o "pato" nos
próximos 20 anos (consequência da PEC 55), nada mais justo que os vereadores,
que trabalham efetivamente poucas horas por semana nas sessões da câmara,
também deem a sua contribuição financeira e acima de tudo, moral.
Num momento complicado em que o Brasil e outros países do
mundo passam, certamente, estas possíveis alterações são vistas com bons olhos
por parcela significativa da população. Diria mais: São necessárias! Mas não
esqueçamos, mudanças devem ser feitas em caráter de urgência, principalmente as
que envolvem a ética e a moral, não somente na política, mas em todos os
segmentos que permeiam nossas vidas.
Por Isonel Sandino
Meneguzzo.