Entidades recorrem à Internet para manter atividades

Aplicativos de videoconferência viram aliados comuns em tempos de pandemia, durante período de isolamento social

Com a continuidade do isolamento social, que já dura mais de um mês para algumas atividades, muitas entidades têm aderido aos encontros virtuais para retomar suas reuniões. Esse é o caso da Associação Paranaense de Construtores (APC). Sem encontros presenciais desde fevereiro (o de março foi cancelado pelo risco de contágio) a diretoria realizou  uma reunião online com seus associados na manhã da última quinta-feira (30).

A medida, segundo o presidente Gabriel Stallbaum, é uma forma de garantir alguma normalidade aos trabalhos, que seguem intensos nas redes sociais e nos aplicativos de mensagem. “Nós continuamos cumprindo as nossas funções, inclusive reuniões por telefone e pela Internet com autoridades e pessoas ligadas ao nosso setor. Mas o encontro da diretoria com os associados não ocorria há mais de 60 dias e precisávamos retomar esse vínculo”, explica.

A decisão da APC, e de outras instituições ponta-grossenses como ACIPG e CDEPG, vai ao encontro das orientações da OMS e do Ministério da Saúde sobre o distanciamento social, principal medida para dificultar a propagação da Covid-19. Mesmo com desejo da retomada das atividades, as entidades entendem o papel fundamental das ações de cuidado enquanto durar a pandemia. “É um momento importante para nos fazermos presentes, mas de forma digital. Até para conscientizar nossos associados da importância em seguir as normas de higiene e cuidado com nossos colaboradores em nossos negócios. Respeitar o isolamento é essencial para que, em breve, possamos estar reunidos”, ressalta o presidente.

E, de forma geral, a proposta foi bem aceita pelos associados, que não veem uma perda significativa nas reuniões no ambiente online. Para o construtor Rodrigo Bindo Paranhos, que tem negócios em Ponta Grossa e Curitiba, o aproveitamento das informações é praticamente o mesmo e a facilidade de ser remota permite um alcance até maior que as presenciais. “Pelo nosso trabalho, os compromissos de horários muitas vezes impedem de participar de todas as reuniões. Hoje, por exemplo, eu estava em Curitiba e fiquei feliz que pude participar. Isso acontece com outros colegas, tanto que nessa reunião online tivemos mais associados que a média”, pondera. Contudo, ele não descarta a necessidade dos encontros presenciais. “Apesar da facilidade não podemos deixar os encontros físicos porque o contato pessoal, aquele momento do café e das conversas antes e depois da reunião, é muito importante. Talvez no futuro, depois do fim do isolamento, possamos buscar um modelo híbrido presencial e virtual”, diz, acreditando que a forma de trabalho das entidades deverá ser alterada pela adoção das tecnologias que estão sendo experimentadas neste momento.

As informações são da assessoria de imprensa