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Cresce rejeição de partidos à composição com Rangel

Se por um lado o mandato de prefeito facilita o diálogo de Marcelo Rangel com o PSDB do governador Beto Richa, o PSC do secretário de Estado Ratinho Júnior e o DEM do deputado estadual Plauto Miró Guimarães, de outro lado também lhe rende dissabores quando o que está em jogo são as composições partidárias visando a reeleição em 2016. Na medida em que a sucessão municipal se aproxima, cresce o número de legendas que manifestam interesse em manter distância em relação a Rangel.

Há poucos dias, aqui mesmo, nesta coluna, o vice-presidente do Diretório Municipal do PMDB, ex-vereador e empresário Edilson Fogaça foi contundente ao dizer que o seu partido repele, de todas as formas, a hipótese de uma aliança com o grupo do atual prefeito nas próximas eleições. “Com Rangel o PMDB definitivamente não vai”, dizia Fogaça. Segundo ele, esse é o posicionamento da maioria esmagadora dos representantes do partido na cidade. E essa também seria a postura da Executiva Estadual, o que não é surpresa pra ninguém uma vez que o PMDB no Paraná é comandado pelo senador Roberto Requião, adversário político de Richa, com quem Rangel se empenha para manter um bom relacionamento.

Agora, entretanto, surge a informação de que o PP (Partido Progressista) também descarta a hipótese de aliança com o grupo de Rangel. Motivo: o prefeito teria fechado com o vereador Rogério Mioduski, que é do PP, colocando a máquina pública à disposição dos interesses dele, mas esquecendo que o partido também é comandado na cidade pelo empresário Luiz Paulo Rover e o vereador Delmar Pimentel. Logo, o atual prefeito, em sua cruzada pela reeleição, pode até contar com a parceria de Mioduski, mas, diferente do que ocorreu na última eleição, terá que usar de muita saliva para tentar – com poucas chances de êxito – o apoio do PP em sua campanha.

A situação do PP, aliás, é até antagônica se comparada a do PSDB em Ponta Grossa. No caso dos tucanos, o vereador Daniel Milla, único representante do partido com mandato na cidade, decidiu romper com o governo municipal justamente com o argumento de que seus pleitos são engavetados, por birra política, no Palácio da Ronda. Ao mesmo tempo em que o prefeito se diz aliado político do PSDB, e conta, inclusive com o apoio de Richa, para se reeleger, o único vereador do partido da cidade é discriminado pelo governo municipal.

Outro partido que não anunciou posicionamento, mas tende a não se alinhar ao grupo de Rangel é o Partido Verde (PV), presidido em Ponta Grossa pelo ex-vereador e empresário João Barbiero. Neste momento, conforme assinalou Barbiero há poucos dias, o PV está focado na construção de uma chapa completa para vereador. Entretanto, as lideranças do partido também trabalham no sentido de buscar uma participação ativa na disputa pela Ponta Grossa, inclusive com o lançamento de uma candidatura própria a prefeito.

Barbiero é o nome mais cotado da legenda para disputar a eleição. O ex-vereador tem feito um trabalho estratégico e silencioso nos bastidores, deixando as portas abertas para o diálogo com todos os grupos. Mas a julgar pelas relações políticas construídas pelo líder do PV ao longo dos últimos anos, a probabilidade dele estar no mesmo palanque de Rangel em 2016 é muito pequena.

Primeiro porque dentro do grupo de Rangel existe uma resistência enorme ao nome de Barbiero em virtude das cicatrizes feitas no passado. Basta dizer que na última corrida pela Prefeitura, em 2012, Barbeiro era candidato a vice-prefeito, na chapa encabeçada pelo petista Péricles de Holleben Mello. Ou seja, estava em trincheira oposta à de Marcelo Rangel, que acabou vencendo as eleições. Fora isso, o fato é que a turma do PV e o próprio Barbiero mantém relações muito mais estreitas com os grupos de Aliel Machado (Rede) e Márcio Pauliki (PPS), do que com aqueles que defendem a reeleição do atual prefeito.

O momento de uma eleição é quando coloca-se tudo na balança. As verdadeiras parcerias construídas ao longo do tempo pesam em favor daqueles que buscam alianças em favor de uma candidatura. De outra ponta, as inimizades, as traições e as ingratidões também tem o seu peso...

Abafadonas...

***Outro partido que deve manter distância do grupo de Rangel nas próximas eleições é o PMN do vereador George Luiz de Oliveira. O parlamentar foi um dos que ajudaram o atual prefeito a pavimentar o caminho até o Palácio da Ronda. Depois, chegou a ser líder do governo na Câmara. Mas acabou por romper com o governo. Bateu a porta e passou a chave, aparentemente, para nunca mais voltar...

***Essa lista de renegados tende a crescer ainda mais por uma questão óbvia: muitos outros partidos ainda posicionam-se como aliados do “governo Rangel” porque alimentam a esperança de encaixar um candidato a vice. Mas a chapa majoritária só tem uma vaga de vice. Como ficarão aqueles partidos que forem rejeitados pelo alcaide na composição da chapa?

***E aviso aos navegantes: tem pesquisa eleitoral no forno por ai....

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