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Rangel, as alianças do governo e candidatura à reeleição

As eleições municipais que se avizinham também serão uma prova de fogo às alianças político-partidárias costuradas pelo governo Marcelo Rangel desde o início de seu mandato em janeiro de 2013.

A fotografia deste momento indica que o prefeito é um nome forte à reeleição. Por diversos fatores. Primeiro porque ele está no poder e, já faz alguns meses, imprime acelerado ritmo de campanha, com os pés fincados nas ruas, junto à população/eleitores, quase que diariamente. Segundo porque o desempenho de governo, considerando o cenário de crise instalado na grande maioria das prefeituras deste Brasil afora, ainda é considerado por muitos como satisfatório. Rangel vem pagando dívidas, trouxe indústrias, tem avançado no plano de obras e mantém-se imune às denúncias de corrupção e imoralidade no trato da coisa pública.

Mas o terceiro e talvez mais relevante fator que faz de Rangel, neste momento, um forte candidato à reeleição são exatamente as alianças de governo. E agora, faltando um ano para próximas eleições municipais, o grande desafio dele é justamente transformar essas alianças de governo numa ampla composição de apoio à sua candidatura. Uma tarefa, diga-se de passagem, nada fácil. Fazer e manter alianças quando se está no poder não é tão prazeroso em meio a um cenário eleitoral, onde todos medem forças justamente para assumir esse poder.

Atualmente, o governo Rangel é aliado do governo Beto Richa (PSDB). Debaixo deste chapéu, estão, em tese, outros aliados. Caso de Ratinho Júnior (PSC), que hoje comanda a Sedu, uma das principais secretarias de Beto, mas que ao longo dos últimos anos vem ganhando luz própria, despontando como uma das novas e mais expressivas lideranças políticas do Paraná. Desde já Ratinho busca trilhar o seu próprio caminho, que pode ou não ser convergente com os planos do atual governador.

E isso tem tudo a ver com a candidatura de Rangel. Aqui em Ponta Grossa, o PSC de Ratinho integra o governo municipal, ocupando a pasta de Meio Ambiente, com Valdenor Cenoura. Mas protagonizou talvez o mais relevante acontecimento deste período pré-eleitoral: a filiação do ex-prefeito Jocelito Canto, que estaria em plenas condições jurídicas de ser candidato já em 2016. Jocelito, que é apresentador da Rede Massa, de Ratinho, e levou junto para o PSC uma de suas filhas, que, dependendo do que ocorrer, pode ser candidata a vereadora ou vice-prefeita. Tudo vai depender...

No caso de Rangel, a força de sua candidatura, portanto, depende em grande parte da preservação desta parceria entre Ratinho e Beto Richa. Nesta aliança, quem sabe Jocelito deixa de ser candidato, e cava uma vaga de vice para a sua filha. Mas considerando o fato de um eventual rompimento entre Ratinho e Beto – em política tudo pode acontecer – a situação de Rangel se complica. Ele teria que optar entre os dois grupos. Optando por Ratinho, neutralizaria Jocelito, mas perderia o apoio de Beto e todo o seu grupo.  Ficando com o governador, abriria espaço para a candidatura de Jocelito, que aparece estourado em todas as sondagens eleitorais em que seu nome é incluso.

Outro nome importante a ser considerado nestas alianças é o do deputado estadual Plauto Miró Guimarães (DEM). Neste momento, por conta da proximidade com Beto Richa, Plauto ainda está alinhado com o governo Rangel, apesar de ter perdido quase todo espaço que tinha na administração. O DEM perdeu as secretarias de Planejamento (João Ney Marçal), Indústrias e Comércio (Álvaro Scheffer) e mais recentemente a Agência do Trabalhador (Vitor Hugo). Mesmo assim, Plauto não rompeu com o governo. Mas também não titubeou em traçar o seu próprio projeto político para 2016, lapidando nomes com o de João Ney, Álvaro Scheffer e do presidente da Câmara, Sebastião Mainardes. São nomes que estão sendo colocados no tabuleiro e que, se necessários, podem ser convocados.

Além dos companheiros de partido, Plauto é muito ligado ao núcleo tucano de Ponta Grossa. Próximo a ele estão o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, e o ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho. Então, se amanhã ou depois Beto Richa e Ratinho Junior trilharem caminhos opostos, e Rangel não ficar com o governador, o que impede Plauto de lançar um candidato a prefeito pelo DEM ou apoiar um nome do PSDB? Plauto sempre foi e continua sendo uma força de grande poder de decisão nas eleições em Ponta Grossa. Manter essa aliança é outro grande desafio de Rangel, caso queira permanecer no Palácio da Ronda.

Voltaremos ao tema...

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