PUBLICIDADE

Dados do Detran revelam que Ponta Grossa possui a quinta maior frota do Paraná, girando em torno dos 183 mil veículos. Esse número de veículos além de impactar na fluidez do transito, transformando essa questão em um desafio para os gestores da área, causa também impacto em outra questão que muitas vezes tira os motoristas do sério: Os estacionamentos regulamentados.

Segundo informações, as vagas regulamentadas são hoje em número de 3.820 em áreas comerciais da cidade. A filosofia da regulamentação de vagas de estacionamento remete a rotatividade dos mesmos, onde o período máximo que um veículo pode permanecer na mesma vaga é de até duas horas. Os números e o cotidiano de quem transita pela cidade em horário comercial mostram claramente que a regulamentação é algo que se faz necessário.

Sabemos que o ideal seria um transporte público que absorvesse o maior número de pessoas possível e que fosse eficiente a ponto de as pessoas não necessitarem do automóvel como primeira necessidade, mesmo em horário comercial. Sabemos ainda da importância de se incentivar o uso da bicicleta, dando a segurança necessária através das ciclovias. Mas sabemos também que isso não irá acontecer de hoje para amanhã, e mesmo que esforços nesse sentido iniciassem hoje, o resultado seria para médio prazo, e não para a semana que vem. É também além uma questão pública, uma questão de cultura.

Sendo assim, hoje a regulamentação de estacionamento ainda é uma das principais alternativas. Acaba também sendo um negócio mal explorado pelo setor privado, que poderia também investir mais nessa questão de estacionamento como nicho de mercado. Praticando preço justo, oferecendo segurança e comodidade, com certeza seria uma ótima opção tanto para quem necessita do serviço como para quem vier a oferecer.

No que tange o aspecto de arrecadação sobre regulamentações e talonários, a Autarquia Municipal de Transito e Transporte se mostra um órgão autossuficiente, haja vista que do total arrecadado, 92% se destina a folha de pagamento de toda a estrutura de recursos humanos do órgão, que além da questão administrativa, conta com uma equipe de 40 agentes divididos em dois turnos de 20 pessoas. Os 8% restantes são destinados para a manutenção do departamento, como confecção de blocos, uniformes, material de informática e demais gastos.

Enquanto não temos um sistema de transporte coletivo que absorva com qualidade e por completo todas as demandas da cidade, assim como outras alternativas de transporte como a bicicleta não forem realidade, a regulamentação se faz necessária. Se de um lado é um pequeno custo a mais para o motorista, por outro mostra um algo a mais para os comerciantes fidelizarem seus clientes ao oferecerem estacionamento em seus estabelecimentos, assim como essa questão mostra um nicho de mercado pouco explorado. Quanto todas as partes interessadas saírem da zona de conforto, não haverá mais zona de conflito, e a zona azul passará a ser apenas um opcional aos motoristas princesinos. Quem sabe um dia.

Jorge Avila
[email protected]

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE CONSELHO DA COMUNIDADE

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE