PUBLICIDADE

Os golpistas estão sem máscaras

No Conselho da Comunidade, Regis Clemente da Costa comenta sobre a votação das medidas anticorrupção e a anistia ao Caixa Dois.

Imagem ilustrativa da imagem Os golpistas estão sem máscaras

No Conselho da Comunidade, Regis Clemente da Costa comenta sobre a votação das medidas anticorrupção e a anistia ao Caixa Dois.

Mais uma vez o povo brasileiro se depara com o escárnio de alguns deputados com a notícia que pretendem anistiar políticos envolvidos em crimes de caixa 2. Para falarmos desse projeto que visa perdoar crimes de corrupção no Brasil, há que se fazer memória de alguns acontecimentos recentes, dentre eles o processo de impeachment. Porém, não se pode perder de vista, obviamente, que a corrupção é uma prática histórica na administração pública brasileira, poucas vezes investigada, muito pouco combatida e quase nunca punida.

Fazer memória do processo de afastamento da presidenta Dilma, inevitavelmente leva aos parlamentares citados, investigados ou denunciados em casos de corrupção. Àquela ocasião, setores da mídia brasileira, movimentos sociais e alguns parlamentares apontavam essas contradições na votação do impeachment. O caso mais emblemático era o presidente da Câmara Eduardo Cunha, que hoje, encontra-se preso, justamente pelo envolvimento com corrupção. Como parte do golpe, dois dias após o afastamento definitivo de Dilma, foi aprovada a Lei n. 13.332/16, que altera a lei de orçamento e legitima, expressamente essa prática.

Nesse contexto, vários fatores causam perplexidade. Um deles, foi a divulgação dos áudios do diálogo entre o Senador Romero Jucá e Sergio Machado, de que deveria haver uma mudança rápida de governo a fim de estancar a sangria causada pela operação Lava Jato. O diálogo completo, foi amplamente divulgado nas redes sociais, porém, àquela ocasião, ignorado pelas multidões que saíram às ruas pedindo e apoiando o processo de impeachment.

Outro fator, foi quando Temer nomeou vários ministros que compunham a lista dos denunciados, citados ou investigados na Operação Lava Jato. Ou seja, a corrupção não era problema e continuava no centro do poder, em Brasília. Hoje, observa-se o resultado: passados 6 meses, 6 ministros, dentre os 23 nomeados por Temer, já caíram.

Ainda, como parte do golpe instaurado no Brasil, há que se destacar que no curto período em que Temer está no poder, mudanças profundas vem sendo impostas. Dentre as principais, estão a PEC 55 (241), MP do ensino médio PL 257, PL 867, Escola Sem Partido (Lei da Mordaça); Mudança na Previdência com aposentadoria aos 65 anos para todos os trabalhadores; Mudança nas leis trabalhistas, Privatizações, demissão de 18.000 funcionários do Banco do Brasil e de 11.000 funcionários da Caixa Econômica Federal, entrega da exploração do pré-sal às empresas estrangeiras, diminuição do número de vagas para vestibular nas Universidades Federais, dentre outros.

Nesse sentido, o golpe na democracia e no combate à corrupção é também nos trabalhadores brasileiros e em seus direitos, conquistados ao longo de décadas de luta, de mobilizações, de greves, à custa do suor e do sangue de muitas pessoas.

É fundamental que os trabalhadores compreendam que a mesma indignação e mobilização que ocorre em relação aos projetos de Lei que ferem a democracia e tentam impedir o combate à corrupção, devem acontecer quando se referem à defesa dos seus direitos. Os movimentos sociais, movimentos estudantis, sindicatos, entidades de defesa dos trabalhadores estão em constante movimento para barrar esse golpe, tão grave e tão pernicioso ao país, como é a corrupção. Os golpistas estão sem máscaras e elas estão sendo retiradas graças àqueles que se mantém firmes na luta.

Por Regis Clemente da Costa.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE CONSELHO DA COMUNIDADE

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE