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Ministra de Lula contratou assessores do marido para campanha

Daniela do Waguinho contratou cinco assessores da Prefeitura de Belford Roxo, cidade governada pelo marido, para trabalharem em sua campanha

Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, é a primeira-dama de Belfort Roxo (RJ)
Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, é a primeira-dama de Belfort Roxo (RJ) -

Da Redação

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A ministra do Turismo do governo Lula, Daniela do Waguinho, teve ao menos cinco assessores da Prefeitura de Belford Roxo na folha de pagamento da sua campanha à reeleição como deputada federal. A cidade é governada pelo marido da ministra, Waguinho Carneiro. Ambos são filiados ao União Brasil.

Informações prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Daniela usou R$ 115.000 para contratar os assessores. Todos os servidores estavam empregados na Prefeitura durante o período de campanha.

Consultora jurídica da Procuradoria-Geral de Belford Roxo, Brenda Oliveira de Souza recebeu R$ 50.000 da campanha de Daniela. Segundo o Portal da Transparência da cidade, o salário de Brenda, em outubro do ano passado, foi de R$ 3.200. Ela prestou serviços advocatícios durante a eleição.

Renata Santos Rosado, chefe de gabinete de Waguinho, levou R$ 30.000 para ser a "administradora financeira" da campanha. O salário de Renata na Prefeitura foi de R$ 8.000 em outubro de 2022.

Daniela também contratou Luiz Claudio Vieira Rangel, secretário municipal especial de Contabilidade, por R$ 15.000. Ele ficou encarregado dos “serviços contábeis para prestação de contas eleitorais”. Seu salário foi de R$ 8.000 em outubro de 2022.

Luiz Felipe de Freitas, funcionário da Secretaria Municipal de Educação, ganhou R$ 10 mil para ser coordenador da campanha em Belford Roxo. O salário de Freitas era de R$ 1.200 em outubro do ano passado.

O subsecretário de assuntos jurídicos da Secretaria Municipal de Saúde, Lucas da Silva Coutinho, foi outro assessor a receber R$ 10 mil para prestar serviços advocatícios a Daniela. Ele recebeu R$ 4.500 da Prefeitura em outubro de 2022.

A ministra enviou nota dizendo que “todas as pessoas que trabalharam na campanha exerceram suas funções fora do expediente de trabalho e nos finais de semana, não havendo nenhum prejuízo à administração municipal. Sendo assim, os valores foram pagos pelo comitê de campanha e não com recursos públicos”.

A reeleição de Daniela custou R$ 3,1 milhões, sendo que o União Brasil depositou R$ 3 milhões de recursos do Fundão na conta da candidatura. A campanha, portanto, teve 94% dos gastos pagos com dinheiro público.

A coluna procurou os cinco servidores citados. Brenda Oliveira de Souza afirmou que não houve conflito de interesses na contratação porque “foram serviços totalmente independentes e compatíveis, nos quais atuei de maneira profissional e na qualidade de advogada”.

Brenda disse que assessorou e orientou a divulgação das contas da campanha e que pode comprovar a prestação do serviço. “O valor foi pago a título de honorários advocatícios e o serviço foi prestado nos moldes de qualquer outra assessoria e consultoria jurídica no âmbito das eleições”, declarou.

Luiz Claudio Vieira Rangel declarou que os serviços foram executados de forma independente “e sem vínculo com órgão público, agindo dentro da profissão que estou habilitado e recebendo os honorários pactuados”. Ele afirmou que o serviço foi prestado fora do expediente da prefeitura. “Não existe carga horária para o trabalho contábil, o que permite realizá-lo à noite, aos sábados e domingos e em feriados.”

Lucas da Silva Coutinho disse que “as atividades eram independentes” e que os trabalhos referentes à campanha eleitoral foram executados “sempre após o expediente”.

As informações são do portal Metrópoles

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