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Cooperativas da região mais que dobram faturamento em três anos

Valor movimentado pelas cinco maiores cooperativas agroindustriais da região passou de R$ 8,29 bilhões, ao final de 2019, para um total de R$ 19,68 bilhões, ao final de 2022, o que significa um crescimento de R$ 11,39 bilhões em 36 meses

A Castrolanda e a Frísia são as maiores cooperativas agroindustriais 
da região dos Campos Gerais, e estão entre as maiores do Brasil
A Castrolanda e a Frísia são as maiores cooperativas agroindustriais da região dos Campos Gerais, e estão entre as maiores do Brasil -

Fernando Rogala

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O ano de 2022 consolidou um ciclo de vários semestres de crescimento recorde no faturamento das cooperativas agrícolas e agroindustriais da região dos Campos Gerais. As cinco principais cooperativas sediadas nos municípios, Capal, Castrolanda, Coopagrícola, Frísia e Witmarsum, registraram incremento em suas receitas, alavancando os resultados e as sobras (lucros) e alcançando valores recordes. Desde 2020, houve um ciclo em que todas elas mais do que dobraram seus faturamentos em um período de três anos, crescendo, em média, mais de 130%, superior à média estadual. Se ao final de 2019 a soma dos valores movimentados por essas cinco cooperativas alcançou R$ 8,29 bilhões, ao final de 2022 esse montante chegou a R$ 19,68 bilhões, o que significa um incremento de quase R$ 11,4 bilhões.

No período de um ano, em 2022, o faturamento das cooperativas cresceu R$ 4,73 bilhões, o que significa uma alta em torno de 31% em 12 meses - ao final de 2021, o valor alcançado foi de R$ 14,95 bilhões. Mais do que faturamento, foi um ano também de crescimento no número de cooperados e de colaboradores. O número de associados nessas cinco cooperativas saiu de 6,9 mil, ao final de 2021, para iniciar 2023 com mais de 7,2 mil, e o total de trabalhadores passou de 6,2 mil para cerca de 6,5 mil.

DESTAQUES - Entre os destaques em crescimento está a Coopagrícola, de Ponta Grossa. Ela mais que triplicou o faturamento nesses três anos, ao saltar dos R$ 209,6 milhões alcançados em 2019 para R$ 776 milhões em 2022, sendo 84% de crescimento somente no ano passado. Também teve crescimento expressivo a Frísia, de 142%, ao passar de um faturamento de R$ 2,9 bilhões para R$ 7 bilhões - o valor aumentou R$ 1,48 bilhão em 2022. A Capal, que tem o maior número de cooperados (3,6 mil), também quase triplicou seu faturamento em três anos, saindo de R$ 1,47 bilhão, ao final de 2019, para R$ 4,3 bilhões ao final de 2022.

A Castrolanda, sediada em Castro, que tem o maior faturamento entre as cooperativas da região, por sua vez, registrou um crescimento de 104% nesses últimos três anos, ao sair de R$ 3,55 bilhões para R$ 7,26 bilhões. Em seu quadro de colaboradores, ela iniciou 2023 com 3.859 pessoas registradas, além de quase 1,2 mil cooperados. O diretor-executivo da Castrolanda, Seung Lee, avalia que esse cenário observado está atrelado a um período atípico, o da pandemia mundial do Coronavírus. “Ela provocou um desequilíbrio no balanço de oferta e demanda no mundo inteiro, o que provocou uma forte alta nos preços das commodities agrícolas. Então, uma parte relevante do crescimento veio do aumento de preços. Este período foi altamente favorável a todas as organizações do agronegócio no Brasil”, informa. 

PLANEJAMENTO - Entretanto, afirma ele, puderam colher melhor os frutos desse momento as cooperativas que mantém um bom planejamento. “As companhias que chegaram neste período com bases sólidas de atuação e uma boa organização, conseguiram aproveitar melhor o momento e alcançar maiores volumes de produção e resultados”, destaca. No caso da Castrolanda, o diretor detalha que as cadeias produtivas estão organizadas para um crescimento planejado e contínuo. “A cooperativa serve como um escudo contra as intempéries do mercado, permitindo aos nossos cooperados investirem na sua produção com mais tranquilidade. Como exemplo, nossa cadeia leiteira cresce consistentemente de 7 a 10% ao ano, nos momentos bons e ruins”, explica Seung Lee.

Outro fator que é essencial para esse crescimento é a intercooperação, que é forte na região, principalmente para os investimentos na industrialização. “Se considerarmos somente os recentes investimentos na Maltaria Campos Gerais (MCG) e na Queijaria Unium, o valor passa de R$ 2 bilhões. Este patamar de investimento só é possível porque trabalhamos na Intercooperação com outras cooperativas: Frísia, Capal, Agrária, Bom Jesus e Coopagrícola. Com o apoio de nossas parceiras conseguimos viabilizar uma escala que nunca atingiríamos sozinhos”, conclui.

MÉDIA - No Paraná, as cooperativas agropecuárias também mais do que dobraram seus faturamentos no período, mas o crescimento médio das cooperativas da região foi um pouco superior. Se, ao final de 2019, as cooperativas do agro paranaense ligadas à Ocepar alcançaram uma movimentação de R$ 72,6 bilhões, em 2022 o total somou R$ 160 bilhões. O crescimento médio estadual foi de 120%, enquanto o das cinco cooperativas da região alcançou 137%. Isso significa que essas cinco tiveram uma participação de 12,3% no faturamento das cooperativas do agro paranaense, sendo que o montante estadual foi registrado por 62 cooperativas.

INCREMENTO - 137% foi a média de crescimento das cinco principais cooperativas dos Campos Gerais em três anos.

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