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Imagem ilustrativa da imagem Educação: nebulosas expectativas

Por Marcos Lins Condolo

                O assunto que tem pautado as atenções da opinião pública ultimamente diz respeito às propostas apresentadas pelos candidatos à chefia do Poder Executivo de Ponta Grossa, sendo assaz oportuno tecer comentários a respeito, pois, “só os tolos acreditam que política e religião não se discutem e, é por este motivo, que os ladrões permanecem no poder e os falsos profetas continuam a pregar aos incautos.”

                Especificamente, acerca das propostas voltadas ao sistema educacional do município, a sociedade precisa compreender que somente a educação tem a capacidade de provocar sensíveis transformações na conjuntura político-social do país. Vejamos o exemplo do Brasil e da Coréia do Sul na década de 1960, quando os dois países apresentavam-se como típicas nações do mundo subdesenvolvido, detentores de taxas de analfabetismo significativas.

                Passados 40 anos, um abismo separa nosso país da minúscula nação asiática. A Coréia, além de exibir taxas de crescimento econômico invejáveis, erradicou o analfabetismo e consagrou-se na exportação de tecnologia para o mundo, em face do grande percentual da juventude cursando as universidades, resultado do maciço investimento na educação.

                Como sabido, o Brasil possui um combalido sistema educacional, em que a União e os Estados, aos poucos e de forma sistemática, vêm transferindo suas responsabilidades aos municípios. Consiste na cruel e perversa desoneração do mais rico em detrimento do mais pobre, no quesito relacionado à distribuição da arrecadação tributária. Aliado a isto, deparamo-nos com a PEC 241/16, que trata da limitação dos gastos públicos, o que gerará impactos profundos na educação, impedindo avanços na Educação Infantil e em qualquer outra etapa da educação básica, pela simples limitação de recursos financeiros. Sem deixar de citar o Projeto de Lei Complementar 257/16, que impõe uma série de restrições fiscais às entidades políticas, atacando diretamente os direitos adquiridos pelos servidores públicos, inclusive os professores.

                Portanto, qualquer proposta eleitoral que tenha a pretensão de ampliar os gastos no setor de educação, seja na valorização da carreira do magistério ou no aumento da oferta de vagas na educação básica, trata-se de ledo engano, falácia ou utópico e inexequível programa de governo, pois, certamente as referidas alterações legislativas serão sancionadas em breve, tornando-se aplicáveis já no início do ano de 2017, impactando sobremaneira na qualidade do ensino brasileiro e contribuindo para o rebaixamento das expectativas de crescimento do país, permanecendo a escola sucateada e despojada de recursos, à margem do interesse público.

Marcos Lins Condolo

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 Tema da Semana:

Valorizar o professor é o caminho para melhorar a Educação?

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