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Dia do Índio ressignifica conceitos de alunos

<b style="font-family: &quot;Titillium Lt&quot;; color: rgb(0, 0, 0);">Professor Luis Javir Paredes, do Colégio Integração, abordou aspectos sobre seu povoado no Peru e possibilitou importante (e nova) compreensão sobre os nativos americanos</b>

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Dhiego Tchmolo

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Professor Luis Javir Paredes, do Colégio Integração, abordou aspectos sobre seu povoado no Peru e possibilitou importante (e nova) compreensão sobre os nativos americanos

“Um índio de verdade, professor”. Foi isso que Igor Barreto, profissional da educação junto ao Colégio Integração, escutou de seus alunos durante atividades relacionadas ao Dia do Índio, comemorado no dia 19 de abril. O professor contou como a instituição de ensino desenvolveu o trabalho que encantou e motivou os alunos.

Para representar a data, Luis Javier Paredes, indígena originário do povoado Inca de San Pablo, em Cuzco, nas montanhas do Peru, e professor do Colégio Integração na disciplina de Espanhol, esteve caracterizado de acordo com a tradição e cultura do seu povo. Assim, a atividade se tornou ainda mais encantadora para os alunos.

“O Dia do Índio foi instituído em 1943, no governo Getúlio Vargas, em homenagem ao Primeiro Congresso Indigenista Interamericano realizado três anos antes no México. O congresso reuniu líderes indígenas que tinham em comum o objetivo de zelar pelos seus direitos”, inicia, Igor, o seu relato.

O professor segue apontando que, mesmo com a data, há uma série de preconceitos dos não-indígenas em relação aos povos nativos americanos, além de estereótipos e homogeneização - sendo reduzido a um pequeno grupo de aspectos, como o cocar, oca, artesanato e danças.

“Precisamos ressignificar nossas concepções, buscar aprender e sobretudo ouvir o que tem a dizer estas pessoas, pois quando reforçamos estes estereótipos negamos aos indígenas o direito de ser. Negando o direito de ser, contribuímos para o contínuo genocídio cultural iniciado no processo de colonização em nosso país e, enquanto espaço educacional, trabalhos pela integração das pessoas e não sua exclusão”, comenta Igor.

O professor segue apontando que a escola, ao negligenciar esses aspectos, vai no sentido contrário a humanização das pessoas. Por isso, faz-se indispensável ter informação e reflexão sobre assuntos como este, buscando formar cidadãos. “Neste sentido, é muito gratificante a expressão quase espantosa ‘um índio de verdade’”, pontua o professor.

Dinâmica

Dessa forma, o dia 18 de abril trouxe experiências do gênero aos alunos do Fundamental I do Colégio Integração. “Após o desenvolvimento das atividades acerca do Dia do Índio, tiveram a oportunidade de conversar com Luis, usando trajes típicos da sua comunidade. Os alunos tiveram contato com informações de uma cultura em essência, ouviram história que envolvem instrumentos de sopro feitos com bambu, característica principal da comunidade de origem do professor Luis Javier”, aponta Igor.

“Na ocasião descontruíram muito dos estereótipos que professores e alunos tinham a respeito de ser indígena, compreendemos as particularidades de que podem ter cada uma das comunidades. Os alunos puderam perguntar sobre suas curiosidades e, neste momento, o professor foi questionado inclusive se, quando pequeno, passava fome, pois é o que entendem ao ver tantos índios em situação de rua”, conta.

Luis, ao ser indagado sobre isso, apontou que não - pois, sua comunidade aproveitava tudo produzido pela terra, o que trouxe um novo significado para os estudantes. “Luis disse aos alunos que a terra é como mãe, que tudo dá aos filhos e que necessita de carinho e cuidado. Ao término, Luis ajudou os alunos a pronunciarem algumas palavras na língua de sua comunidade, sobretudo as que expressam importantes valores na educação das crianças: não roubar, não mentir e não ser preguiçoso”, complementa.

“A atividade auxiliou muito para a ressignificação de valores e da abordagem da cultura indígena pelos alunos e pelo próprio Colégio Integração, que conta com uma equipe diversa em cultura, pensamento e identidade, e se preocupa em contribuir com o enriquecimento cultural de seus alunos. Que, cada vez mais, possa-se ouvir nas escolas a expressão ‘Um índio de verdade, professor’”, conclui Igor.

Confira o relato completo e a galeria de fotos no blog escolar do Colégio Integração. Clique aqui.

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