Projeto do Palhaço Picolé ganha destaque a nível nacional
O Picolé Show já teve nove episódios exibidos no canal do personagem no YouTube, e o último está em produção
Publicado: 30/04/2024, 17:15
A Lei Paulo Gustavo foi extremamente importante para nós. Alavancou a produção cultural na nossa cidade. Fez o dinheiro chegar na ponta”, assegura a mediadora de leitura Camila Miotto, de Chapecó, Santa Catarina, idealizadora e proponente do projeto “Livros e Histórias na Escola com a BiblioBike”, contemplado pela Lei.
Em março, a bicicleta-biblioteca composta de guarda-sol, vitrola e acervo com mais de 300 obras, estacionou em escola estadual do município catarinense. Foram feitas quatro intervenções literárias. Nelas, os alunos puderam ouvir histórias e mergulhar no mundo dos livros, em sessões com tradução simultânea em Libras. No total, participaram dos encontros 240 estudantes. Como contrapartida, no encerramento de cada um deles foram realizados bate-papos.
O intuito é promover o incentivo à leitura e a introdução dos livros no dia a dia das crianças de forma lúdica.
O repasse para a ação foi de R$ 20 mil, por meio de edital da LPG do governo estadual. “Não fosse a Lei, a escola não teria recebido o projeto”, argumenta Camila, responsável pela ação juntamente com a produtora Luciéle Pompeo, ambas da Lamparina Cultural.
O projeto é fruto da BiblioBike, criada em 2016 e que promove contação e mediação de histórias em parques, praças e escolas. Desde então, a biblioteca sobre rodas já passou por 50 cidades de Santa Catarina, alcançando 40 mil pessoas, em mais de 300 atividades.
Ao final, a biblioteca local é presenteada com um kit de livros. Também é deixado um diário para as crianças, incentivando a visita ao espaço e a leitura das obras. “O objetivo é tornar a literatura mais próxima das pessoas”, explica Luciéle.
A Lei Paulo Gustavo beneficiou outros dois projetos oriundos da iniciativa, ambos em editais municipais: “2ª temporada da BiblioBike no YouTube”, série de vídeos com dicas literárias, com R$ 15 mil; e "Mediação de Leitura: uma Ferramenta para Aproximar Leitores dos Livros”, duas capacitações para até 400 professores da rede pública de Chapecó, que recebeu R$ 16 mil.
Dos R$ 523 milhões da Lei Paulo Gustavo para manifestações artísticas e culturais na região Sul, R$ 125 milhões foram destinados para Santa Catarina - R$ 60,19 milhões para o estado e R$ 64,8 milhões para os municípios.
De acordo com o painel de dados da LPG, 80,6% dos recursos para o estado já foram executados, e 66,7% pelas cidades.
Integrante da quarta geração de uma família de artistas circenses do Paraná, com mais de 28 anos de atuações no picadeiro, o diretor Robert Salgueiro, conhecido como Palhaço Picolé, conseguiu, graças à Lei Paulo Gustavo, tornar realidade um programa para a internet comandado pelo personagem. O proponente do Picolé Show obteve R$ 70 mil, por meio de edital da Prefeitura de Ponta Grossa.
O Picolé Show já teve nove episódios exibidos no canal do personagem no YouTube (acesse aqui), e o último está em produção. “É uma atração com temática circense, desde o cenário até o apresentador, com ludicidade e cores. Também tem como inspiração os antigos programas de auditório, com atrações artísticas, musicais, show de talentos e de comédia e muita diversidade cultural”, conta Robert, que é idealizador da atração ao lado de sua companheira, Geovana de Abreu.
O Paraná foi contemplado pela LPG com R$ 203,4 milhões, sendo R$ 98,4 milhões para o estado e R$ 104,9 milhões direcionados aos municípios. As cidades já utilizaram 61,4% do valor a elas destinado, e o estado, 18,6%.
A Lei disponibilizou R$ 2 bilhões aos estados e R$ 1,8 bilhão às cidades brasileiras, totalizando R$ 3,8 bilhões. O recurso é proveniente do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e do Fundo Nacional de Cultura (FNC).
“A Lei Paulo Gustavo vem possibilitando que muitos sonhos e projetos saiam do papel, com impacto positivo na criatividade cultural dos municípios, incentivando os artistas a criarem conteúdos que serão disponibilizados para as comunidades”, analisa Robert. “Estamos vivendo um momento histórico para o setor artístico cultural no Brasil com esta lei que permite darmos um passo muito importante para as artes”, finaliza Robert.
Com informações: Ministério da Cultura.