Suspeito de matar jornalista diz que morte ocorreu após ‘discussão' durante programa
Defesa afirma ter acessado prints de conversas que 'esclarecem a versão'; jornalista foi encontrado amarrado e amordaçado em casa, no Jardim das Américas
Publicado: 07/03/2025, 10:38

Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, preso sob a suspeita de matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, negou ter cometido latrocínio (roubo seguido de morte) e afirmou, por meio de sua defesa, que o crime ocorreu após uma “discussão acalorada” durante um programa sexual contratado pela vítima.
Segundo o advogado do suspeito, houve um desentendimento sobre o pagamento do serviço, que levou a uma briga física dentro da casa do jornalista, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. Cristiano foi encontrado morto, com as mãos amarradas e a boca coberta por fita adesiva.
“A defesa teve acesso a prints de conversas que esclarecem essa versão”, afirmou o defensor. A Banda B solicitou as capturas de tela mencionadas pelo advogado, mas não obteve retorno até o momento.
“Houve uma discussão acalorada e, posteriormente, um embate físico que, infelizmente, terminou na morte do jornalista”, destacou Valter Ribeiro Júnior, que alegou que a “versão retratada pela autoridade policial não se trata da realidade dos fatos”.
O advogado destacou que a prisão de Jhonatan Barros Cardoso ocorreu em um contexto diferente do assassinato de Cristiano Luiz Freitas. Ele ressaltou que a investigação ainda está em andamento e que várias informações precisam ser analisadas “antes que qualquer conclusão precipitada seja feita”.

EXTORSÃO E ROUBO - De acordo com a Polícia Civil, o homem também é investigado sob a suspeita de extorquir e roubar pelo menos seis pessoas. As investigações apontam que o suspeito marcava encontros por aplicativo e, após ameaçar as vítimas com uma arma de fogo, as forçava a realizar transferências via Pix.
“Ele possui outros casos parecidos. Ele era um garoto de programa, oferecia seus serviços em alguns sites na internet. A gente acredita que o suspeito fez uma tratativa com a vítima, que era homossexual. Agora, os detalhes, a gente não sabe ainda. Vamos tentar descobrir através de outros elementos”, explicou o delegado Ivo Vianna nesta quinta-feira (6).
A Banda B apurou que Jhonatan foi preso no final do ano passado, após marcar um encontro amoroso com uma vítima e roubar R$ 5 mil dela, além de agredi-la. Ele ficou preso por quatro meses e foi solto 50 dias antes da morte do jornalista Cristiano Freitas, por decisão da Justiça.
Informações: Banda B, parceiro do Portal aRede