Suspeito de matar jornalista foi preso e condenado, mas acabou solto pela Justiça | aRede
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Suspeito de matar jornalista foi preso e condenado, mas acabou solto pela Justiça

A soltura de Jhonatan aconteceu em janeiro, 50 dias antes da morte do jornalista Cristiano Freitas. Ele havia sido preso pelo crime de extorsão

Jhonatan Barros Cardoso é suspeito de ter matado o jornalista Cristiano Luiz Freitas
Jhonatan Barros Cardoso é suspeito de ter matado o jornalista Cristiano Luiz Freitas -

Kadu Mendes

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Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, suspeito de matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, de 48 anos, foi condenado no último mês de janeiro por roubar e extorquir outra vítima em Curitiba. O criminoso, que passou quatro meses e 25 dias na prisão após ter sido preso em agosto de 2024, foi solto em 13 de janeiro por decisão da juíza Fernanda Orsomarzo da 8ª Vara Criminal de Curitiba.

O crime contra a outra vítima – um rapaz que não será identificado – aconteceu em 20 de agosto do ano passado. Na ocasião, Jhonatan foi até o apartamento do homem e, minutos depois de ter adentrado no local, anunciou o assalto à mão armada. Ele levou um celular avaliado em R$ 15 mil, um molho de chaves e obrigou a vítima a fazer um pix de R$ 3.500.

Após sofrer o roubo, a vítima conseguiu acionar a Polícia Militar. Com as características de Jhonatan e rastreando o celular roubado, os agentes o localizaram em um pensionato na região central de Curitiba.

Segundo a sentença, que tem 44 páginas, Jhonatan confessou o crime, devolveu os pertences e o dinheiro da vítima e disse que havia sido contratado para um programa sexual. No entanto, houve um desacordo em relação ao pagamento do programa e ele cometeu o roubo, além da extorsão.

“Ele (vítima) falou que só iria enviar cento e cinquenta reais para o depoente (Jhonatan); que o combinado tinha sido o valor de trezentos e cinquenta reais; que se encontrava com uma arma de airsoft que tinha adquirido horas antes porque, antes disso, já tinha acontecido uma outra vez de ir realizar os serviços e a pessoa não enviar o dinheiro para o depoente”, destaca a sentença.

Ainda, conforme o depoimento, Jhonatan relatou que atuava como garoto de programa desde junho de 2024, “porque acabou ficando desempregado e cheio de dívidas”. Disse que tinha o costume de utilizar aplicativos para marcar os encontros. Por fim, pediu desculpas pelo assalto.

“Sabe que agiu errado, assume o erro que cometeu, sabe que não é o jeito certo de agir, sabe que poderia ter agido de um outro jeito, mas só do fato de estar lá realizando algo que não gostava por um dinheiro ficou injuriado e pede desculpas”, consta na sentença.

Pelo roubo e extorsão contra a vítima em agosto, Jhonatan foi condenado a quatro anos, oito meses e 12 dias de prisão no regime semiaberto, tendo a pena reduzida para quatro anos, três meses e cinco dias por causa do período que já se encontrava na cadeia.

A juíza decidiu revogar a prisão preventiva do condenado com medidas cautelares, permitindo que ele recorresse da sentença em liberdade, tendo em vista uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

“Dessa forma, mostra-se desarrazoada a manutenção de sua prisão preventiva, pois, de acordo com a jurisprudência da Corte Cidadã, revela-se, em regra, de: “[…] bom alvitre permitir-se ao condenado ao regime inicial semiaberto ou aberto, aguardar o julgamento de 2ª instância em liberdade ou sob o cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão”, justificou a magistrada.

A soltura de Jhonatan aconteceu 50 dias antes da morte do jornalista Cristiano Freitas.

As informações são da Banda B, parceira do Portal aRede

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