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Fronteira de Gaza é aberta, mas brasileiros ficam de fora de lista

Lista que soma 480 nomes foi divulgada nesta quarta; podem cruzar a fronteira com o Egito apenas as pessoas que estão com o nome neste documento

Os bombardeios deixaram cerca de 45% de todas as casas da Faixa de Gaza danificadas
Os bombardeios deixaram cerca de 45% de todas as casas da Faixa de Gaza danificadas -

Da Redação

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A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza foi aberta nesta quarta-feira (1º) para diversos estrangeiros, em uma lista que soma 480 nomes. Os brasileiros, contudo, não estão nela – e a expectativa é que seja permitida sua passagem ainda nesta quarta-feira (1º/10). Esse corredor humanitário permitia a passagem de ajuda material desde o sábado (21). A passagem de 81 civis palestinos feridos também foi permitida. A prioridade, agora, é para feridos e doentes.

A passagem de Rafah, como é conhecida a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, abriu após um acordo entre Israel, Egito e o grupo Hamas, mediado pelo Catar. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, quem afirmou que nenhum brasileiro estaria na lista dos estrangeiros que tiveram sua passagem permitida.

O que se sabe até agora é que apenas 480 nomes de estrangeiros oriundos de países como Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca estão permitidos de cruzar a fronteira.

Brasileiros na espera

Contudo, isso coloca uma perspectiva de esperança para os brasileiros, que estão entre as pessoas afetadas pela falta de recursos para alimentação na região. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) chegou a doar 2 toneladas de comida para a região. Esses recursos chegaram na última terça-feira (31/10) na cidade do Cairo, no Egito, na aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). No mesmo local em que a alimentação chegou, a aeronave aguarda os brasileiros, para que sejam repatriados.

O voo partiu nessa segunda-feira (30/10) do Brasil para o Egito. São, ao todo, 34 pessoas sob cuidados do Brasil na região da Faixa de Gaza. Desses, 24 são brasileiros e 10 são palestinos e parentes próximos dos brasileiros. O grupo é composto por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.

No meio desses grupos de repatriados, está o menino Bader Monir, de 11 anos, que afirmou ter medo de morrer no conflito e que queria vir logo para o Brasil. Os futuros repatriados aguardam nas cidades de Rafah e de Khan Yunis, em abrigos temporários ou nas próprias residências, a autorização para cruzar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, por meio da passagem de Rafah.

Estatísticas na Faixa de Gaza

Os bombardeios deixaram cerca de 45% de todas as casas da Faixa de Gaza danificadas ou destruídas, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). A organização ainda emitiu avisos de escassez “catastrófica” de alimentos. Esses dados foram divulgados durante a Assembleia Geral da ONU, no último dia 24, pela relatora especial para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados da Palestina, a italiana Francesca Albanese.

O número de mortos na Faixa de Gaza está em 8,3 mil, e são mais de 21 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH) da última segunda-feira (30/10). Desses números, 70% seriam mortes de mulheres e crianças. A estatística chega a 1,9 mil feridos e 111 mortos na Cisjordânia. Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 9.817 vidas perdidas no Oriente Médio só neste mês.

Na manhã da última quinta-feira (26/10), nove países árabes se posicionaram contra os ataques de Israel promovidos na Faixa de Gaza. Já na terça-feira (25/10), Israel reagiu às falas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O aumento da tensão na região tem sido cada vez mais visível, principalmente devido aos conflitos com os grupos Hamas e Hezbollah.

As informações são do Portal Metrópoles

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