Mais de 71 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes cibernéticos

Com um cenário global de insegurança cibernética, o Brasil se encontra entre um dos ambientes com menor segurança digital. Este ambiente de insegurança gera prejuízos para o governo, as pessoas, empresas e negócios – e lidar com este problema é fundamental para melhorar a posição do maior país da América Latina no ambiente mundial.

Um ambiente de insegurança digital

Em 2021, mais de 71 milhões de brasileiros sofreram com cibercrimes. Só no segundo trimestre deste ano houve um acréscimo de 46% na quantidade de ciberataques no país, o que superou a média global de 32% de aumento.

Alguns ataques são mais expressivos, como a invasão aos sistemas do Ministério da Saúde e o ataque cibernético contra o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), mas a insegurança digital também atinge indivíduos e pequenas empresas.

De acordo com um levantamento feito pela Kaspersky, houve um acréscimo de 140% no número de ciberataques contra pequenas e médias empresas – isto só nos quatro primeiros meses de 2022. Isto mostra que os alvos dos hackers não são apenas grandes corporações e órgãos de governo e que pessoas e pequenos negócios também sofrem com a falta de estrutura de cibersegurança no país.

O Brasil agora é o epicentro dos ataques cibernéticos na América Latina que, como um todo, também registra uma média superior à média global: aqui no continente, a cada 23 empresas uma sofre ataque, enquanto no mundo a taxa é de uma a cada 40 empresas.

Usuários cada vez mais preocupados

A falta de estrutura de segurança digital faz com que as pessoas, no Brasil, adotem mudanças para tentar preservar a própria privacidade online, integridade dos dados e informações pessoais e a proteção financeira.

No mundo todo, houve um aumento de 54% no download de programas VPN e o Brasil se tornou o quinto país no mundo onde este tipo de software é mais baixado. Elas são ferramentas que ajudam a melhorar a privacidade e a segurança das conexões, o que ajuda a minimizar e combater as ameaças digitais em um ambiente tão inseguro quanto o do Brasil.

Em geral, usuários baixam VPN para Windows, o sistema mais difundido entre usuários domésticos, mas os benefícios da VPN podem ser estendidos além dos computadores, e a VPN para Apple TV ou smartphones também pode ser usada. Este aumento na procura por software VPN e por soluções profissionais de antivírus é um reflexo da sensação de insegurança digital que grande parte dos usuários ainda sente.

Números preocupantes

No ano passado (2021), mais de 71 milhões de pessoas foram afetadas por cibercrimes no Brasil, de acordo com um relatório divulgado pela Norton. Isto significa que 58% (mais da metade da população total do país) dos brasileiros sofreram com ataques virtuais.

Estes ataques colocam em risco a privacidade das pessoas, a segurança de seus dados pessoais e até mesmo de informações financeiras e bancárias. O Brasil já está entre os 10 países com maior quantidade de ataques virtuais no mundo, o que faz com que o país tenha não só um dos maiores índices de violência física como também uma das taxas mais elevadas de insegurança digital.

Em comparação com 2021, os ataques cibernéticos com ransomware cresceram em 92% no país, um aumento expressivo e que reflete uma tendência global de aumento deste tipo de ataque.

Os principais tipos de ataques cibernéticos

Há uma infinidade de ataques digitais, ou seja, métodos pelos quais os criminosos aplicam golpes nas vítimas, roubam informações e dados e destroem dispositivos e sistemas (ou até redes inteiras).

Mas há dois tipos de ciberataques que precisam de atenção ainda maior: ataques de ransomware e phishing.

Os ataques de ransomware consistem em invadir um dispositivo, sistema ou rede e ‘’sequestrar’’ o acesso aos arquivos, impedindo que a vítima tenha acesso a eles. Os criminosos então cobram um valor de ‘’resgate’’ para devolver o acesso aos arquivos criptografados – só que, mesmo quando as vítimas fazem o pagamento, muitas vezes o acesso não é restabelecido e o sistema continua infectado.

As ameaças do phishing e do ransomware

Nos ataques de phishing, mensagens são enviadas com links e/ou arquivos maliciosos. Quando as vítimas clicam nestes links ou baixam estes anexos, os sistemas são infectados e/ou elas são redirecionadas para páginas falsas que simulam algum serviço legítimo (como a página de um banco ou instituição do governo, por exemplo), onde elas são induzidas a fornecer dados pessoais e senhas de acesso.

Segundo a Avast, houve um aumento de 50% nos ataques de ransomware no país em comparação com 2021, o que coloca o país entre os cinco mais afetados por esta modalidade de ameaça virtual.

Os ataques de phishing tiveram um aumento ainda mais significativo: eles cresceram 230% nos primeiros seis meses de 2022 em comparação com 2021, de acordo com dados da ESET Security Report 2022.

Segurança em primeiro lugar

Mesmo com um ambiente de insegurança cibernética, é possível e essencial adotar algumas dicas para melhorar a proteção dos seus dados. Afinal, você precisa ser a pessoa mais interessada na segurança das suas informações.

Evite redes públicas de Wi-Fi. Afinal, elas são mais vulneráveis a ataques de hackers. Outro ponto fundamental é jamais clicar em links suspeitos (seja via e-mail, SMS, mensagem em aplicativos como WhatsApp ou qualquer outro meio) ou baixar arquivos de procedência duvidosa.

Use apenas apps bancários disponibilizados oficialmente pela sua instituição bancária/financeira. Dê preferência para sistemas operacionais menos vulneráveis: dispositivos com Windows são mais vulneráveis do que dispositivos com Linux e macOS, por exemplo (e dispositivos com sistemas Android são afetados por mais ameaças digitais do que os dispositivos iOS).

Um software VPN profissional ajuda a melhora a integridade do seu sistema Windows e diminui as ameaças que podem atingir suas informações e sua privacidade online.