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Paraná projeta colher maior safra de soja da história

Algumas culturas já sofrem com a falta de chuvas consistentes, especialmente o milho e a mandioca

Expectativa é de que sejam extraídos, ao final dessa safra de verão, 20,98 milhões de toneladas
Expectativa é de que sejam extraídos, ao final dessa safra de verão, 20,98 milhões de toneladas -

Fernando Rogala

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Algumas culturas já sofrem com a falta de chuvas consistentes, especialmente o milho e a mandioca

O plantio de soja foi praticamente 100% finalizado no Paraná. Restando apenas algumas áreas pontuais, as sementes de soja já tomam conta de praticamente toda a extensão de 5,63 milhões de hectares previstos para a safra 2021/22. Trata-se da maior área já plantada de soja no Estado do Paraná, conforme os dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Pela projeção inicial, a expectativa é de que sejam extraídos, ao final dessa safra de verão, 20,98 milhões de toneladas, que seria o maior valor da história, superior aos 20,78 milhões de toneladas retiradas na safra 2019/20.

Contudo, para que esse valor seja alcançado, as condições climáticas precisarão ajudar, devido à estiagem das últimas semanas, desde o final do mês de outubro. A preocupação tem sido constante nos últimos anos, em razão do clima seco e quente, e não é diferente agora. A maioria das lavouras (56%) está em fase de desenvolvimento vegetativo, 35% em floração, 9% em frutificação e apenas 1% ainda germina. De acordo com os técnicos do Deral, 83% apresentam boas condições, 15% estão medianas e 2%, ruins. Na região dos Campos Gerais, segundo o núcleo regional, não há condições ruins: a maioria da safra plantada ainda apresenta boas condições.

Quando ao segundo principal cultivar de verão, o milho, os relatórios de campo apontam piora nas condições da primeira safra de milho 21/22. Como em várias outras culturas, o calor intenso durante o dia, temperaturas mais frias à noite, umidade baixa e chuvas irregulares contribuem para a redução na qualidade. No caso do milho, em uma semana caiu de 95% para 90% a condição boa dos 430 mil hectares. Como os produtos estão em uma fase mais avançada, nos Campos Gerais já é considerada uma redução na produtividade, pois em parte das propriedades é possível observar plantas com folhas enroladas ou murchas, amareladas. No estado, nos 355 mil hectares plantados nesta primeira safra, a perspectiva é de uma colheita de 3,56 milhões de toneladas.

Produção de mandioca deve cair

A batata de 1ª safra também está com o plantio quase todo encerrado nos 15,1 mil hectares previstos. A colheita começou e aproximadamente 15% dos tubérculos já foram retirados. Estima-se que, ao final, as terras paranaenses produzam 460 mil toneladas de batatas. Com maior oferta, os preços no atacado seguem em queda. Já os produtores de mandioca convivem com a dificuldade de colheita da safra pela falta de chuvas, repetindo a mesma condição do ano passado. O plantio da nova safra já foi finalizado e ocupa área de 128,4 mil hectares. A produção estimada é de 2.290.000 toneladas, a menor das duas últimas décadas.

Tomate e Trigo

O tomate já foi plantado em 84% da área total de 1ª safra, estimada em 2,4 mil hectares. A produção deve alcançar 148,2 mil toneladas. Desse total, 12% já foi colhido. Com maior oferta no mercado, os preços do tomate estão em queda.

Em relação ao trigo, o boletim analisa a situação do preço no mercado internacional e como o Paraná se coloca frente a isso. A conclusão é que o trigo paranaense apresenta um desconto comparado com o argentino que, por sua vez, está mais barato que o americano.

Bovinocultura e suínos

 O documento mostra que os preços do boi gordo pago aos produtores, que caíram no último trimestre, voltaram a reagir. A principal razão é a retração na oferta, reflexo da estiagem que prejudica as pastagens. Também contribui para isso a sinalização de volta das exportações para a China no fim de janeiro de 2022.

Na suinocultura, o registro é do recorde de produção para o trimestre julho/setembro no Paraná. Foram produzidas 269,5 mil toneladas, alta de 9,2% comparado ao mesmo período do ano passado. Até agora, o Estado produziu 767,2 mil toneladas, com previsão de fechar o ano com criação superior a um milhão de toneladas.

Aves e ovos

Em 2021, as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 4,198 milhões de toneladas, superando em 9,08% as vendas do mesmo período de 2020. Em receita, o acréscimo foi de 25,3%, atingindo US$ 6,944 bilhões em 11 meses deste ano.

Sobre os ovos, o boletim registra a exportação de 19.726 toneladas, volume 83,1% superior ao verificado em igual período de 2020. O faturamento cresceu 62,1%, chegando a US$ 60,469 milhões. O Paraná é o segundo maior exportador, com 5.313 toneladas, e receita cambial de US$ 18,842 milhões.

Com informações da AEN

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