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Mais uma tentativa de M. Night Shyamalan

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Tiago Bubniak

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Depois de ‘O Sexto Sentido’, bem que M. Night Shyamalan tentou, mas nunca conseguiu impacto equivalente ao daquele provocado por sua maior obra. O diretor indiano, radicado nos Estados Unidos, acabou criando uma marca própria: a de cineasta que perdeu a mão e dificilmente chega perto de acertar. Alguns exemplos? O controverso ‘Sinais’, o mediano ‘Depois da Terra’ e as aberrações ‘A Dama na Água’ e ‘Fim dos Tempos’. Em ‘A Vila’, pode-se dizer que Shyamalan foi injustiçado pela crítica: apesar de não ter elaborado um filme extraordinário, entregou uma bela metáfora sobre o medo de perder a cultura local frente ao tsunami de padronização provocado pela globalização.

Graças à grandiosidade de ‘O Sexto Sentido’, Shyamalan tende a despertar curiosidade diante de seus lançamentos: teria ele recuperado a mão e dirigido uma obra capaz de fazer o espectador perder o fôlego na sala de cinema? É mais ou menos essa inquietude que instiga a acompanhar ‘A Visita’.

Neste novo filme, dois pré-adolescentes são encaminhados pela mãe para passar uma semana com os avós que, por desavenças familiares, nunca chegaram a conhecer. O casal mora em uma fazenda afastada. Os netos não demoram a perceber o quanto os avós são estranhos. Aos poucos, esse comportamento tende a ficar cada vez mais bizarro, beirando o risco de que algo mais grave aconteça a qualquer momento. A única fuga desse mundo hermético acontece nos momentos em que os dois conversam com a mãe pela internet.

As situações criadas pelo roteiro (também escrito por Shyamalan) são esdrúxulas e, por mais que aparentemente estejam coerentes com o contexto, custam a convencer. “Que m... é essa?!”, exclama um dos netos em uma das cenas. É exatamente a mesma reação que o espectador tende a ter espontaneamente. E por diversas vezes. Somente quando o filme caminha para o seu desfecho é que a história cresce levemente em termos de impacto. Aí, no entanto, é tarde: o filme, como um todo, já se perdeu. Não é dessa vez, de novo, que Shyamalan entrega um grande filme.

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