EXCLUSIVO: Consultor se esquiva sobre estudo do aeroporto e vínculo com a Prefeitura de PG

A reportagem do Portal aRede entrou em contato com Clairton Hammer, no final da tarde desta quinta-feira (13). Hammer é citado por Julio Küller (MDB) em ofício enviado pelo presidente da Câmara Municipal à Prefeitura de Ponta Grossa. No documento, Küller solicita um relatório detalhado sobre as ações realizadas e apresentadas por Clairton Hammer, o qual era o consultor para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica de 2014 (que à época custou R$ 30 milhões – hoje R$ 66 milhões atualizados). Küller também pediu que seja enviado pelo Executivo, se houver, o histórico de contratação e de despesas realizadas e custeados pelo erário público municipal que tenham como referência ações voltadas ao contido no Estudo de Viabilidade Técnica (EVT) finalizado há 11 anos.

Hammer foi indagado pela reportagem, se em algum momento, ele prestou algum tipo de serviço para a Prefeitura de Ponta Grossa. Ele demonstrou estranheza em relação ao teor da pergunta: “Possíveis serviços e consultoria nos últimos anos? Como assim?”, retrucou. A reportagem reiterou o questionamento, explicando que buscava confirmar se, entre os anos de 2014 e 2020, Hammer havia prestado algum tipo de serviço para a Prefeitura Municipal. Hammer novamente responde com outro questionamento: “Qual é o propósito aí dessa pergunta?”, esboçou.

Mais uma vez a reportagem esclareceu que ao longo desta semana vem abordando a questão do aeroporto de Ponta Grossa, trazendo à tona documentos que comprovam que no ano de 2014, um amplo e complexo estudo de viabilidade técnica ocorreu, que a figura de Hammer integrava a equipe que realizou o EVT, mas que não houve ampla divulgação à época. A reportagem ainda explicou a Hammer que buscará entrar em contato com outros nomes que integram a lista para entender se eles tiveram algum vínculo com a Prefeitura.

Diante dessas informações, Hammer preferiu não entrar em detalhes sobre o estudo, do qual ele ajudou a elaborar, no contrato de R$ 30 milhões (à época), pagos pelo governo federal: “Esse documento que você está se referindo aí é um documento da Secretaria de Aviação Civil e pertence à Secretaria de Aviação Civil. Se ele foi disponibilizado ou não para a prefeitura à época, eu não posso te precisar. Eu sugiro que você, para falar sobre esse assunto, você fale com a Secretaria de Aviação Civil”, pontuou.

A reportagem indagou novamente, se ele teve algum tipo de vínculo com a Prefeitura de Ponta Grossa, em resposta ele optou por não se manifestar categoricamente. “Não. Sobre esse assunto, eu não tenho nada para te dizer. Esse serviço que foi prestado aí não foi prestado para a Prefeitura”, disse, referindo-se especificamente ao estudo de 2014, contrato pela SAC.