Presidente da Câmara de PG cobra explicações de consultor que fez estudo do aeroporto
Julio Küller alega que, durante anos, Comandante Hammer teria sido contratado pela Prefeitura de Ponta Grossa para prestar serviços de consultoria sobre o Aeroporto Sant’Ana
Publicado: 13/02/2025, 19:05
O presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), vereador Julio Küller (MDB), deverá chamar, por meio de ofício, o Comandante Clairton Hammer para prestar esclarecimentos no Plenário da Casa de Leis. Hammer é consultor independente na área de aviação civil, participou do estudo técnico de viabilidade de ampliação do aeroporto de Ponta Grossa em 2014 (estudo que à época custou R$ 30 milhões – hoje R$ 66 milhões atualizados) e foi convidado pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, para participar da reunião realizada na semana passada, na sede da secretaria em Curitiba, para discutir o cancelamento de voos da Azul Linhas Aéreas no Aeroporto Santana.
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De acordo com o vereador Küller, o consultor Clairton Hammer, durante anos, teria sido contratado pela Prefeitura de Ponta Grossa para prestar serviços de consultoria sobre o Aeroporto Sant’Ana. Tanto Hammer quanto o presidente da Câmara de Ponta Grossa participaram da reunião da semana passada, convocada pelo secretário Sandro Alex. Porém, causou estranheza em Kuller o fato de, em nenhum momento, o consultor ter mencionado o estudo sobre o aeroporto de Ponta Grossa, contratado em 2014 pela Secretaria de Aviação Civil (órgão do governo federal), uma vez que o próprio técnico integrou a equipe do levantamento. A existência desse estudo de 2014 era desconhecida por lideranças políticas e empresariais de Ponta Grossa. E veio à tona nesta semana por meio de reportagem exclusiva do Portal aRede, que divulgou, na íntegra, o estudo de 142 páginas, concluído há 11 anos.
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Na reunião da semana passada, por sugestão do secretário Sandro Alex, a Acipg (Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa) ficou incumbida de buscar parcerias e contratar um estudo de viabilidade técnica de ampliação do aeroporto Santana. A medida seria a única saída para resolver em definitivo o problema de estrutura precária do aeroporto, que, conforme argumentou Sandro Alex, deixou de evoluir nos últimos anos, e por isso perdeu passageiros e obrigou a Azul a cancelar os vôos. A sugestão do secretário de contratar um estudo foi feita em meio à reunião na presença do consultor Hammer e também do ex-prefeito Marcelo Rangel, que comandava a cidade em 2014, quando o estudo contratado pela SAC foi entregue.
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O vereador Julio Küller acredita que, quanto ao estudo de 2014, não há que se questionar quanto aos valores investidos, uma vez que foram pagos pelo Governo Federal. Contudo, ele problematiza a figura do Comandante Hammer. “Esse Comandante Hammer ficou contratado pelo Governo Municipal bastante tempo para prestar consultoria à cidade, na questão do aeroporto e sua viabilidade. E ele não apresentou estudo nenhum para isso”, disse. O presidente da Câmara complementa. “Então o que parece é que foi feito um trabalho para se fazer o projeto, porém, uma pessoa contratada chamada o comandante Hammer, ele não trouxe nada para nós a não ser esse gasto. E nós ficamos, ele ficou contratado durante muito tempo para fazer esse estudo e apresentar uma possibilidade de viabilidade. Então desse primeiro estudo que foi feito até o início da operação não foi feito nada”, disse Kuller.
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Oficio ao consultor
O presidente do Legislativo ressalta que a questão de perguntar quanto foi o pago ou quem assinou, não vem ao caso. “Mas a permanência desse comandante Hammer é a nossa, é onde está a ponto-chave. E a ideia é a Câmara chamar esse comandante Hammer para prestar esclarecimentos aqui na Casa de Leis e saber o que foi feito realmente. O que que resultou dessa contratação dele, o dinheiro gasto do nosso município, que é dos cofres municipais, e que ficou escondido durante esse tempo todo”, ponderou.
Ao ser questionado sobre quando a Câmara pretende convocar Hammer para prestar esclarecimentos, Julio disse que, primeiramente, está pedindo informações para a Prefeitura para que forneça os dados necessários ao Poder Legislativo. “Não adianta chamar ele abruptamente [...] Mas o foco é o Comandante Hammer”, disse.
