Procissão de Ramos abre a Semana Santa em Ponta Grossa
Dom Sergio participou e celebrou missa na Catedral
Publicado: 25/03/2024, 16:05
O Domingo de Ramos inaugurou a Semana Santa com a alegre entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado como rei. No entanto, essa recepção festiva antecipou os eventos dolorosos da Paixão e Morte. A liturgia do dia destacou o contraste entre a alegria da acolhida e as leituras da Paixão, ressaltando o início da jornada de Cristo em direção à Cruz. Neste dia especial, somos chamados a suplicar a graça de unir nossas vidas à trajetória de Jesus, vivenciando sua Paixão, Morte e Ressurreição. Em todas as paróquias, o dia foi de procissão e oração.
Na Paróquia/Catedral Sant’Ana, a procissão saiu da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e seguiu até a Catedral, contando com a presença do bispo Dom Sergio Arthur Braschi, do pároco, padre Antonio Ivan de Campos, padres Alexandre Antônio Nogueira e Mariano Venzo, da Paróquia do Rosário, além de diáconos Dyego Quadros e Pedro Lang. A procissão do Domingo de Ramos simboliza a peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza.
Dom Sergio agradeceu a todos que acompanharam a procissão desde a igreja do Rosário. “Mais uma vez, nos é dada a graça dentro da sagrada liturgia de celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, o ponto mais alto da nossa fé, que vamos celebrar nessa Semana Maior do ano, sobretudo, no Tríduo Pascal. Na quinta-feira, a Missa da Ceia do Senhor, onde celebramos a entrega de amor de Jesus, através do gesto humilde do lava-pés e a entrega de sua vida no pão e no vinho, instituindo o sacerdócio. Na Sexta-Feira Santa, na solene ação litúrgica da tarde, onde nós contemplamos a morte do Senhor por toda a humanidade e, no Sábado Santo, à noite, em que viveremos, em nossas igrejas, com nossas velas, a renovação do nosso batismo. Através do batismo participamos do mistério pascal de Jesus”, detalhou o bispo.
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“Hoje, no Domingo de Ramos, acompanhamos, em primeiro lugar, nas procissões, o povo que naquele tempo, em Jerusalém, aclamava Jesus como rei, filho de Davi. Assim como as crianças da Catequese, adolescentes, a juventude, casais, nós idosos, aclamando Jesus, com ramos nas mãos. Acabamos de acompanhar a proclamação da Paixão de Senhor, esse ano, segundo o evangelista São Marcos. Marcos, que tem características muito tocantes. Vimos que a narração é breve, mas que culmina com a proclamação de fé do centurião, do militar, que estava ali comandando a crucifixão do Senhor. Vendo como Jesus tinha entregue a sua vida, morrido sob a cruz, exclamou: “verdadeiramente, esse homem era filho de Deus”. A proclamação mais forte de fé. Acolhamos a narrativa da Paixão em um coração meditante, nesse início de Semana Santa”, orientou Dom Sergio.
Segundo o bispo, estamos vivendo em uma sociedade que esquece da fé; um mundo voltado para os bens materiais, para o consumo, e que desconhece esses fatos importantes, que um dia serão o que vão realmente contar na história da Humanidade. “Deus que se tornou próximo do ser humano, veio do céu, assumiu a nossa condição para demonstrar o seu amor, seu cuidado, sua atitude de encontro, e, sobretudo, perdão e misericórdia que nos transformam”, enfatizou. O bispo lembrou ainda a coleta da Campanha da Fraternidade, que aconteceria ontem, em todo o Brasil, para abastecer o Fundo Nacional de Solidariedade. “Esse fundo que é acessado via inúmeros projetos, inclusive de Ponta Grossa, para custear ações na linha da Campanha da Fraternidade. Um fundo administrado pelo bispo e pela Caritas, que se encarrega de apreciar os projetos que chegam. E ele tem ajudado muitas iniciativas. É muito importante e tem socorrido pessoas carentes, famílias em que devemos reconhecer o rosto do próprio Cristo. Ele se identificou com cada ser humano que sofre. Fazendo nossa oferta generosa estaremos colaborando com o fundo”, lembrou Dom Sergio.
RAMOS - No Domingo de Ramos se celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo. Os ramos significam a vitória e nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus. Os ramos sagrados levados para casa, após a missa, representam a união a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo. Já a procissão de Ramos simboliza a peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus.
A liturgia traz a narrativa sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-O, crucifica-O”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.
Para bem preparar os católicos para as celebrações da Semana Santa, as paróquias da Diocese oferecem, já há algumas semanas, mutirões para atendimento de confissões. Procure sua comunidade e se informe.
Com informações: assessoria de imprensa