VCG avalia Lei do Transporte e projeta a licitação de 2023 | aRede
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VCG avalia Lei do Transporte e projeta a licitação de 2023

Em entrevista ao Grupo aRede, o diretor Rodrigo Venske explicou a situação atual da empresa e a possibilidade da VCG voltar a concorrer na nova concessão que se inicia em junho de 2023

Rodrigo Venske, diretor da VCG.
Rodrigo Venske, diretor da VCG. -

Marcus Benedetti

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Com a proximidade do encerramento do contrato entre Viação Campos Gerais (VCG) e o município, a empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade começa a pensar no futuro. A nova Lei do Transporte de Ponta Grossa, inclusive, foi pauta de uma audiência pública realizada na sede da Câmara Municipal na última quinta-feira (3). Em junho de 2023, o contrato chegará ao fim e, a partir disso, uma nova empresa pode assumir a concessão ou então a própria VCG poderá permanecer operando o serviço a depender das condições determinadas no edital de licitação.

Em entrevista concedida ao Grupo aRede (Jornal da Manhã e Portal aRede), o diretor de relações institucionais da VCG, Rodrigo Venske, analisou a decisão da Prefeitura Municipal de não utilizar mais o cálculo pelo Índice de Passageiro Quilometro (IPK) na nova lei.

“Tecnicamente, você calcular a tarifa pelo IPK ou pagar por quilômetro rodado, que deve ser uma tendência pelo o que foi manifestado pela prefeitura, é similar para não dizer que é a mesma coisa. Qual a vantagem do pagamento por quilômetro? É que as pessoas conseguem compreender mais a modelagem. Na prática, não dá muita diferença. Mas como estamos lidando com um serviço público para as pessoas que estão pagando por isso, nada mais justo que elas consigam acessar a informação de forma transparente. Portanto, acho que é mais justo para a cidade trabalhar com o modelo por quilômetro”, afirmou.

PROJEÇÃO PARA O FUTURO

Rodrigo explicou também como está o ambiente interno na empresa com a proximidade do encerramento do contrato e a possibilidade da empresa não operar mais o serviço no município.

“Faz alguns meses que estamos recuperando os diálogos individuais com os funcionários. A gente faz cafés, uma confraternização, chama todo mundo, conversamos por uma ou duas horas e colocamos a diretoria 100% à disposição para responder as perguntas. (...) Estamos muito tranquilos, conseguimos fazer nossa lição de casa de equalizar mais ou menos na nossa operação, então estamos robustos para participar de uma nova licitação”, explicou.

“Não será fácil, é um momento de tensão natural porque é uma concorrência que será aberta nacional ou internacionalmente, então podemos sofrer algum tipo de dificuldade, isso é natural. Mas, lógico, como nós já operamos na cidade temos a total confiança de que conhecemos muito bem o município, sabemos ‘no centavo’ quanto o sistema custa para a empresa e para o município. Mas lógico que ainda não sabemos como será feito o novo modelo, só vamos ter esse entendimento quando sair as regras no edital”, completou Rodrigo.

MAIS LOTES

Rodrigo Venske analisou ainda a possibilidade do município ter mais de uma empresa operando o serviço a partir de 2023. Essa é uma discussão que está em andamento atualmente.

“Tecnicamente essa divisão atrapalha, isso posso afirmar. Ter duas, três ou cinco empresas operando atrapalha porque os custos operacionais aumentam. Você vai precisar de mais garagens, mais tanques de abastecimento e vai aumentando o volume de pessoas necessárias para a operação. Um lote único é muito melhor tecnicamente falando, mas acredito que politicamente vai pelo caminho de se ter mais de um lote. As pessoas se iludem um pouco com a questão do monopólio. Esse monopólio existe? Sim, mas não é da empresa, é estatal, do município. O modelo de concessão é que define isso”, observou.

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