Rangel promete reabrir Pronto-Socorro em proposta de governo

O candidato a Prefeitura de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD), foi o quinto sabatinado do Grupo aRede na série que apresenta aos eleitores os candidatos ao Executivo. Na sabatina, o candidato falou sobre polêmicas envolvendo seu nome, situação do contrato com a Viação Campos Gerais (VCG) além de questionar os bastidores acerca da quebra política que ocorreu com Elizabeth Schmidt (União).

INVESTIGAÇÃO - Uma das polêmicas envolvendo o candidato à Prefeitura de Ponta Grossa é referente a denúncia do Ministério Público (MP) que poderia impugnar a sua candidatura. Segundo o candidato, a situação está sendo utilizada por adversários políticos que usaram essa informação de forma deturpada, entregando panfletos com isso nos últimos dias. Rangel disse que pode falar com tranquilidade sobre o assunto porque se trata de uma entidade conhecida em Ponta Grossa, a Guarda Mirim, que não conseguiu retornar o valor de R$ 24 mil a tempo e seria necessário fazer a execução, o que não foi feito.

“Tive que pagar uma multa de R$ 5 mil devido a esse problema, mas a impugnação não ocorrerá, pois não tenho responsabilidade sobre esse valor, que era pago pela Guarda Mirim”, afirmou o candidato sobre a possível impugnação de sua candidatura. Isso começou a ser discutido durante os últimos dias, mas Rangel afirmou na sabatina que não há motivos para risco, pois sua candidatura está segura.

SAÚDE - O candidato a prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, destacou os investimentos realizados em saúde e infraestrutura durante sua gestão como secretário ao lado do governador, Ratinho Junior. Na área da saúde, o candidato afirmou que foram destinados R$ 3 milhões de investimentos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele também destacou a reforma da ala amarela do Hospital Municipal, com 39 leitos e 19 enfermeiras, e o projeto de construção do hospital do idoso, com investimento de mais de R$ 90 milhões por ano, sendo um dos destaques de Rangel durante a entrevista.

Quanto ao Hospital 26 de Outubro, Rangel afirmou ser inviável construir um novo hospital no local, sendo uma proposta sem possibilidade alguma de ser realizada. Segundo ele, o investimento necessário é muito alto, sendo preciso considerar os custos de contratação de médicos e compra de equipamentos e insumos, impossibilitando a reabertura do local, visto que o investimento inicial seria de R$ 100 milhões.

APOIO - Questionado acerca dos apoios políticos do candidato, visto que publicamente nega qualquer tipo de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anos atrás levantou a bandeira para apoiar o então candidato Péricles, também do Partido dos Trabalhadores. "Meu partido é do Ratinho, temos representação no governo Lula, mas ainda assim meu partido é do governador", disse Péricles. O candidato também criticou a atual gestão, dizendo que as ações do atual governo não são da sua personalidade e por isso haveria a ruptura política entre ele e o atual governo da cidade.

“As pessoas que estão nos assistindo não gostaram da questão de saúde no atual governo. Meu jeito, meu estilo não é de atacar, a verdade é essa”, afirmou Rangel. O candidato disse ainda que Ponta Grossa estava quebrada em 2013 e atualmente está tendo superávit econômico, que ele defendia ser devido à sua gestão à frente da prefeitura.

MERCADÃO  - O antigo Mercadão Central de Ponta Grossa e seu futuro também foram um dos assuntos discutidos, visto que é um problema que se arrasta há anos na política municipal. “O local passará por uma revitalização e ganhará um centro de operações especiais com o apoio do Governo do Estado”, afirmou o candidato sobre sua possível solução para o terreno onde estava o local, visto que houve um problema na execução da obra, impossibilitando a abertura.

TRANSPORTE - Como questionado aos outros candidatos, a Viação Campos Gerais (VCG) voltou a ser colocada em foco do assunto, uma vez que o novo edital do transporte se arrasta há algum tempo sem uma solução real. "Tentamos por diversas vezes tentar quebrar o contrato com a VCG, mas, ao ser feito no governo passado, pode ocorrer o mesmo infelizmente neste ano, pois a população está acompanhando passo a passo", disse Marcelo Rangel ao destacar que não concorda com a renovação do contrato. O candidato ainda afirmou ser necessária uma intervenção imediata sobre o assunto. "Precisamos fazer uma intervenção imediata sobre isso. Conquistamos o passe livre para os estudantes, mas precisamos garantir que o transporte público seja de qualidade para todos os usuários", disse.

AGENDA - Na próxima semana, o Grupo aRede realiza série de sabatinas com os candidatos a vice de cada chapa que disputa a Prefeitura. Quem abre a segunda semana de sabatinas é Sandra Queiroz (PSDB) vice de Mabel. Na sequência, os entrevistados serão: Beto Okazaki (Novo), vice de Magno Zanellato; Pastor Moisés Faria (MDB), vice de Elizabeth Schmidt; Liliane Chociai (PSB), vice de Aliel Machado e Sebastião Mainardes (PL), vice de Marcelo Rangel.