Política
AMPG se manifesta sobre PL que reajusta salário da prefeita
A AMPG, afirma que está atenta ao debate sobre o reajuste salarial para os servidores da gestão municipal
Da Redação | 15 de novembro de 2024 - 04:09
Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG), na tarde desta quinta-feira (14), se posicionou sobre a proposta de aumento do salário da prefeita de Ponta Grossa, do vice-prefeito e dos secretários de governo, sugerido através do Projeto de Lei nº. 402/2024, que tramita em regime de urgência na Câmara Municipal.
A AMPG, afirma que está atenta ao debate sobre o reajuste salarial para os servidores da gestão municipal, incluindo a prefeita e seus secretários e manifesta posição de respeito ao tema. A entidade destaca que reconhece e apoia a iniciativa de valorizar os profissionais que atuam na administração pública. "Acreditamos que a valorização dos servidores é fundamental para a qualidade dos serviços prestados à população", destacou a Associação Médica através de nota publicada nas redes sociais. No entanto, a AMPG reforça a importância de se manter o equilíbrio fiscal e a sustentabilidade das contas públicas. "Nesse sentido, a Associação defende a necessidade de uma revisão criteriosa da estrutura administrativa do município, com o objetivo de evitar o inchaço da máquina pública e garantir que o reajuste não comprometa as finanças municipais", destaca.
A AMPG reforça que o foco principal da gestão pública deve ser o bem-estar da população e afirma ser essencial que os recursos municipais sejam utilizados de forma justa e eficiente para atender as necessidades de todos os cidadãos, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança. "A Associação se coloca à disposição da gestão municipal e da sociedade para o diálogo e a construção de soluções que promovam o desenvolvimento do município e a qualidade de vida da população", escreve a entidade na nota. "Acreditamos que a participação ativa da sociedade civil é fundamental para a construção de políticas públicas eficazes e responsáveis", finaliza a Associação Médica.
ENTENDA - O PL nº. 402/2024 foi apresentado em regime de urgência na Câmara Municipal de Ponta Grossa, durante a sessão ordinária ocorrida na última quarta-feira (13). A proposta prevê que o subsídio concedido a prefeita passe a ser de R$ 32 mil, já para o vice-prefeito a remuneração seria de R$ 22 mil, mesmo valor que seria pago aos secretários. Esses montantes financeiros valeriam a partir de 2025. Além disso, a proposta busca criar o 13º salário para a prefeita e vice-prefeito. Atualmente, o salário da Chefe do Executivo ponta-grossense é de R$ 20.486,81, enquanto o subsídio do vice e o dos secretários ficam na casa dos R$ 10 mil.
Na sessão da última quarta-feira, a única parlamentar que se posicionou contrária ao regime de urgência do projeto foi Joce Canto (PP). Além dela e dos vereadores Daniel Milla (PSD), Filipe Chociai, do mesmo partido, e Josi do Coletivo (PT), que não compareceram à sessão, os demais parlamentares foram favoráveis ao regime de urgência.
Para justificar o projeto, a Comissão de Finanças destaca que o limite da remuneração no Município é o salário da prefeita. Dessa forma, médicos não encontram atrativo financeiro para trabalhar em Ponta Grossa, visto que, conforme descreve o projeto, o teto salarial está aquém da média dos municípios próximos. “Portanto, objetivando estancar um dos problemas graves da saúde em Ponta Grossa é que apresentamos esta proposta, para que possamos atrair novos profissionais da saúde”, escreve a redação do projeto.
O projeto deverá receber alterações no texto, a partir de emendas de vereadores - confira os detalhes.