Sérgio Moro visita Portal aRede e fala sobre política e eleições

O senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União), concedeu uma entrevista exclusiva ao Grupo aRede na tarde desta sexta-feira (23). A visita de Moro a Ponta Grossa se dá para a realização do 2º Seminário de Segurança Pública e do 1º Congresso do Conselho Estadual de Gestores Municipais de Segurança Pública e Comandantes de Guardas Municipais do Paraná no início da noite. O evento, que acontece no Teatro Municipal de Ponta Grossa, conta com a participação de autoridades, especialistas e profissionais da área de segurança pública. O objetivo é discutir e debater temas relacionados à segurança pública, como a redução da criminalidade, o combate à corrupção e o fortalecimento das forças de segurança.

No primeiro dia do evento o senador, o delegado-chefe e presidente da Adepol, Adriano Chohfi, além de Carlos Alexandre Braga, ex-comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, são os convidados que ministrarão as palestras. Serão emitidos certificados de horas extracurriculares para os interessados. Sérgio Moro, em sua entrevista ao Grupo aRede, falou sobre a importância do evento e destacou o papel da segurança pública para o desenvolvimento do país.

SEGURANÇA - O ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro criticou o governo federal, que, segundo ele, defende o culpado do crime e ataca as vítimas. Ele defendeu a criação de uma "fortaleza Paraná" para combater a criminalidade. Moro, que se posiciona como oposição ao governo Lula, afirmou que o Paraná precisa se proteger da decadência da gestão federal e que não pode haver aliados do presidente nas cidades paranaenses. Ele também criticou a postura do governo em relação à corrupção, defendendo a retomada da agenda anticorrupção e a criação de uma agência municipal anticorrupção em Ponta Grossa.

“O governo Lula abandonou a prevenção e o combate à corrupção”, disse Moro, afirmando ser necessário retomar a agenda anticrime nos municípios do estado para tentar fugir das defesas feitas pelo governo Lula. O ex-ministro também elogiou a gestão pública de Ponta Grossa, afirmando que ela tem “resultados positivos” e que as pessoas têm direito a “um bom prefeito, uma boa prefeita”, algo que o ex-ministro defende ser um dos ideais imutáveis do seu grupo político, que ele também defende que ocorra nas candidaturas da sigla em todo o estado do Paraná.

ELEIÇÕES - O senador também falou sobre a situação política de sua esposa, Rosangela Moro (União), que foi escolhida para entrar como vice-prefeita na chapa de Ney Leprevost, decisão o qual Moro afirmou que houve uma conversa entre os dois antes de confirmar o lançamento da candidatura. “Foi feito o convite para que tivéssemos uma boa gestão em Curitiba, e entendemos que Curitiba pode fazer mais para avançar na área da segurança pública. Tivemos duas mortes em ônibus e a Prefeitura não fez nada. Claro que isso é uma atribuição do Governo do Estado, que tem responsabilidade sobre isso, mas as prefeituras também podem agir”, afirmou.

Outra discussão levantada diz respeito ao seu apoio aos candidatos da região dos Campos Gerais, o qual o senador afirmou que só declarará apoio caso o candidato defenda os mesmos ideais que a sigla. “Tem cidades por aí com candidatos do União Brasil que eu mesmo não defendo. Estou apoiando candidatos de outro grupo que está mais próximo dos nossos ideais, pois acredito que a política é assim”, afirmou Sérgio Moro quando questionado em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã.

MANDATO - O senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União), criticou o governo Lula durante a entrevista. Moro afirmou que o governo aumenta os tributos, mas que ele e outros senadores da oposição irão vetar a medida. "Eu quero vetar, mas somos minoria. No entanto, seguimos lutando pelo que acreditamos", afirmou. O senador também detalhou que o Partido dos Trabalhadores tentou cassar seu mandato, mas que ele superou a dificuldade.

"Quem o PT tentou cassar no estado do Paraná? Eles tentaram cassar o meu mandato, mas superamos essa dificuldade”, afirmou. Sérgio Moro ainda disse ser o único senador da república que tem ameaça do PCC contra ele. "Eu sou o único senador da república que tem ameaça contra mim, então se as pessoas não reconhecem nossa luta contra o crime, o crime reconhece", disse. O senador afirmou que agora está mais livre para focar em suas prioridades, como apontar itens importantes para a política.