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Museu Campos Gerais reabre prédio histórico com exposições

Em 20 de junho, a partir das 19h, acontece a reabertura do prédio histórico, com três exposições simultâneas

O evento marca o início do ciclo de um local que tem íntima ligação com o desenvolvimento da cidade
O evento marca o início do ciclo de um local que tem íntima ligação com o desenvolvimento da cidade -

Depois de mais de 20 anos sem atividades, o Museu Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG-UEPG) finalmente tem data marcada para o reencontro com o público. Em 20 de junho, a partir das 19h, acontece a reabertura do prédio histórico, com três exposições simultâneas. O evento marca o início do ciclo de um local que tem íntima ligação com o desenvolvimento da cidade, após uma obra de restauro que totalizou R$ 10,5 milhões e foi entregue em fevereiro deste ano.

“Para nós, é muito importante voltar às exposições no prédio histórico, depois de praticamente 20 anos fechado”, destaca o diretor do Museu Campos Gerais, professor Niltonci Batista Chaves. “Este é o primeiro prédio histórico tombado pelo Patrimônio Estadual em Ponta Grossa e o reencontro do espaço com os visitantes é muito simbólico, pois há um lastro afetivo em torno do prédio”. As três exposições que inauguram o espaço restaurado trazem histórias distintas, e todas estarão dispostas no primeiro andar do prédio. No segundo andar, que estará aberto, o público poderá conhecer as instalações.

Uma das exposições é a “Meu Coração de Polaco Voltou”, que conta a trajetória familiar da descendência polaca do escritor e poeta Paulo Leminski. Com curadoria de Áurea Leminski e Estrela Ruiz Leminski, a mostra nasceu em 2015 e já passou por cidades do Paraná, Portugal e Polônia. Os visitantes poderão encontrar uma série de documentos originais, livros, painéis com reprodução de textos, fac-símiles e fotos do acervo particular de Leminski. Na abertura, estará presente a cônsul-geral da República da Polônia em Curitiba, Marta Olkowska.

“Aula de Anatomia” é a exposição que ocorrerá em paralelo. Uma parceria do MCG com o Museu Paranaense de Ciências Forenses, trata das práticas envolvidas com o processo e investigação da morte, como órgãos mumificados, informações sobre autópsia, laudos e demais objetos. Niltonci destaca que esta exposição, em especial, terá um recorte etário e será obrigatoriamente mediada. “Ela estará aberta apenas mediante cadastro e cumprimento de algumas regras etárias e comportamentais. Por exemplo, esta exposição não poderá ser fotografada, pois terá partes reais de corpos humanos”, informa.

Outra das exposições é a intitulada “Albary, o Prefeito”, que retrata a trajetória de Albary Guimarães, chefe do Poder Executivo de Ponta Grossa entre 1934 e 1944. Com acervos do MCG e da família, a mostra trata das relações de Albary com outras duas figuras importantes que compartilharam no mesmo momento da gestão pública: o interventor estadual Manoel Ribas e Getúlio Vargas. “Albary foi o responsável por planejar e pensar Ponta Grossa do século XX, a expansão e ocupação urbana de Ponta Grossa e o investimento grande em infraestrutura. Albary foi um gestor que pensou a cidade, então a exposição focaliza na figura dele”, completa Niltonci.

A partir de julho, o Museu planeja receber a exposição sobre o centenário do desenhista, gravurista, ilustrador, capista e muralista, Poty Lazzarotto. A mostra é uma parceria firmada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) com o Museu Oscar Niemeyer.

HISTÓRICO - A primeira vez que o prédio histórico abriu as portas foi em 04 de janeiro de 1928, como símbolo do Poder Judiciário. Foi a data da inauguração do Fórum da Comarca de Ponta Grossa, primeiro do interior do Paraná. Por ser um espaço de grandes proporções, juntamente funcionavam a Coletoria Estadual, a Delegacia de Polícia, tabelionatos, Cartórios do Crime e de Registro Civil e o atendimento jurídico gratuito ofertado pelo curso de Direito da UEPG. Depois de 55 anos, o prédio passou a ser do Museu Campos Gerais, em 28 de março de 1983, com transferência do Fórum para uma nova sede, em Oficinas.

Por conta de danos estruturais, o Museu foi interditado em 2003 e transferido para outro prédio, na mesma quadra, esquina  as ruas Engenheiro Schamber e XV de Novembro. Enquanto pró-reitor de Extensão e Assuntos Culturais, o professor Miguel Sanches Neto, em 2008, entrou com uma licitação para restauro do edifício. Em 2010, a UEPG captou R$1 mi via Lei Rouanet, valor utilizado para reforma nos pontos mais emergenciais da estrutura: forro, vigamento e telhado, bem como a pintura externa e interna do pavimento térreo. Na época, o restauro não foi possível, mas foram realizados reparos que mantiveram a estrutura até 2021. Foi em 2022 em que a obra que deu nova vida ao prédio e o restauro iniciou, graças a uma verba de R$ 10,5 milhões, vindas do Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos.

Com informações: UEPG.

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