Os desafios de PG para a humanização do trânsito

O trânsito de Ponta Grossa sempre foi marcado pela violência e historicamente, as estatísticas anuais, apresentam índices preocupantes, muito acima da média de cidades do mesmo porte. E essa violência tem diferentes razões: motoristas despreparados, uso de drogas ilícitas e álcool, rachas, falta de consciência, entre outros inúmeros fatores. Soma-se a isso as próprias características do sistema viário do Município, além de seu grande entroncamento rodoviário.

Muitas cidades do tamanho de Ponta Grossa adotam várias estratégias para reduzir a violência no trânsito, como implementação de infraestrutura segura para pedestres e ciclistas, fiscalização rigorosa, educação para o trânsito e incentivo ao transporte público.

Especialistas citam como importante o reforço nas operações de fiscalização de velocidade, uso de cinto de segurança, além do combate à condução sob efeito de álcool e do uso do celular ao volante. Campanhas educativas visando conscientizar motoristas, ciclistas e pedestres sobre boas práticas no trânsito, enfatizando o respeito às leis e à segurança de todos também são necessárias. Não menos importante são os investimentos em sistemas de transporte público eficientes e acessíveis, visando reduzir a dependência de veículos particulares e, consequentemente, o volume de tráfego. Implementação de soluções tecnológicas, como semáforos inteligentes, sistemas de monitoramento e aplicativos de transporte para melhorar o fluxo e segurança no trânsito igualmente são necessárias. 

As avenidas Souza Naves (perímetro urbano da BR-373) e Presidente Kennedy (perímetro urbano da BR-376), mais a PR-151, são grandes corredores de riquezas, mas impactam significativamente nesta estatística de acidentes. São trechos muito perigosos, com grande concentração de acidentes, em especial os atropelamentos. Futuramente esta realidade poderá ser alterada com a construção dos contornos Leste e Norte.

Em entrevista ao Grupo aRede (Jornal da Manhã e Portal aRede), o novo secretário de Segurança e Cidadania de Ponta Grossa, Guilherme Rangel, direcionará esforços da pasta para minimizar essa violência provocada pelos acidentes. Segundo afirma, em 2024, Ponta Grossa registrou 80 mortes no trânsito, sendo que 54 foram em rodovias que cortam a cidade, enquanto as outras 26 ocorreram no perímetro urbano. O número de mortes no trânsito na cidade se aproxima do quantitativo de homicídios registrados no último ano: foram 83 crimes.

A pasta de Segurança Pública precisa direcionar todos os seus recursos para a humanização do trânsito ponta-grossense, como a Muralha Digital, sistemas de radares inteligentes, entre outras ferramentas. Além disso, o trabalho de conscientização de motoristas e pedestres e parcerias com a Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão da Polícia Rodoviária, podem apresentar resultados satisfatórios.