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PG realiza trabalho constante para manter a alta competitividade

Essa é a visão do secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional de Ponta Grossa, Paulo Pinto

Paulo Pinto, secretário de Indústria de Ponta Grossa
Paulo Pinto, secretário de Indústria de Ponta Grossa -

Mais do que simplesmente prospectar novos investimentos, é preciso trabalhar para que a cidade ofereça as melhores condições para as indústrias que já estão instaladas, e assim, ter grandes atrativos para empresas que desejam se instalar na cidade. Essa é a visão do secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional de Ponta Grossa, Paulo Pinto. Em entrevista para a revista 'PG Competitiva', ele detalhou os benefícios da cidade em ter seu grande parque fabril, o trabalho sério desenvolvido no município no âmbito da industrialização, o desenvolvimento econômico da cidade e as perspectivas para o futuro. Confira a entrevista abaixo:

Portal aRede: Paulo, quais são os benefícios em uma cidade como Ponta Grossa ter empresas como as que tem no seu Parque Industrial?

Paulo: São vários, mas um dos que mais impacta é o Índice de Desenvolvimento Humano. Com empresas em Ponta Grossa, melhoramos a nossa saúde, aumentamos a nossa renda, melhoramos a nossa educação. As exigências em uma cidade, na parte de educação, são maiores: as empresas precisam de pessoas cada vez mais qualificadas, e com isso o nosso comércio melhora, porque com a riqueza gerada, o dinheiro fica aqui, e acabamos sendo mais atrativos para pessoas de fora. Consequentemente, mais negócios diferentes no comércio, a diversidade da economia pode ser aumentada, ser mais diversificada, o que é bom para a cidade. É aquele negócio: não colocar os ovos na mesma cesta - se uma economia hoje não está indo bem, a outra pode compensar e assim a cidade pode continuar crescendo.

Portal aRede: Por que as empresas que já estão aqui continuam ampliando, continuam investindo, Paulo? De que forma a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa atua junto às empresas para que elas sigam prosperando na cidade?

Paulo: Primeiro, termos ciência de que uma empresa precisa de vários recursos, seja mão de obra, recurso energético, infraestrutura, logística - e uma empresa olha para tudo isso. Então, estamos preocupados com isso: se entregarmos a infraestrutura que ela precisa, sempre seremos atrativos para a indústria. A secretaria não pode simplesmente trazer as empresas e, uma vez instaladas, virar as costas. Precisamos cuidar dessas empresas que estão aqui. Então, essa é uma forma de direcionarmos os nossos esforços para trazer empresas que agreguem mais na nossa rede industrial que temos aqui. É claro que também, importantíssimo para ser mais atrativo, é ter um bom relacionamento com o Estado, para conseguir benefícios estaduais para as empresas que querem vir para cá.

Portal aRede: Quais os principais avanços realizados pelas grandes empresas e multinacionais da cidade nos últimos anos?

Paulo: Falando de multinacionais, a Tetra Pak está há um quarto de século aqui. A Continental também é muito parecida. Na Continental, recentemente, veio o governador, onde mostrou uma expansão de quase R$ 200 milhões, gerando aproximadamente 180 empregos. Então assim, eles olham para cá com bons olhos. Olha o que a Heineken cresceu: desde 2020, já investiu quase R$ 1 bilhão. Veja também o Madeiro. Então, quem bebe da água de Ponta Grossa acaba ficando e expandindo. E uma empresa que vem para Ponta Grossa, faz pesquisa. Quem é que está em Ponta Grossa? Eles vão olhar nomes de peso e isso acaba facilitando para Ponta Grossa. Então, cada vez que a gente tiver uma empresa de renome, reconhecida mundialmente, nos tornamos mais atrativos para outras empresas.

Portal aRede: Quais as metas principais e objetivos alcançados no quesito de desenvolvimento econômico?

Paulo: Em Valor Adicionado, estamos crescendo. Em 2021, estávamos em R$ 12,5 bilhões, e em 2022, arredondando, R$ 15,5 bilhões. Ou seja: crescemos R$ 3 bilhões. Em 2023, chegamos a R$ 19,5 bilhões, o que dá R$ 4 bilhões de alta. Ou seja, se continuarmos nesse ritmo, em cinco anos cresceremos R$ 20 bilhões. Hoje estamos com um VA de R$ 19,5 bilhões, então dobraríamos esse valor. Crescemos 26,52% no Valor Adicionado no último ano. Quanto cresce um país rico no mundo hoje? Em torno de dois a três. Um país emergente, dos BRICS, cresce de cinco a sete. E Ponta Grossa está crescendo 26%. E outra coisa da indústria é que temos que olhar de médio a longo prazo, porque muito pode se ter, mas não sentir ainda. Por exemplo, a Cristalpet, a própria Nissin, a Maltaria e a Queijaria, que também não entraram aqui [nesse cálculo do VA]. Então as empresas que começamos a trazer para cá vão representar um valor aqui lá em 2026. Quando for jogado o PIB lá em 2027, 2028, que dará para ver a força.

Portal aRede: Paulo, nosso Parque Industrial é o maior do interior. Há mais espaço para atrair outras empresas ou a cidade já está ‘saturada’ de indústrias?

Paulo: Observamos que alguns programas foram se modificando ao longo da história, e o atual que temos se chama Prodesi [Programa de Desenvolvimento Industrial]. E esse programa temos a intenção de adaptar ele a uma nova realidade, porque o cenário hoje é diferente: percebemos que as empresas estão optando por comprar a propriedade. Elas não estão mais olhando para a doação, por vários motivos. Comprando do privado, ele também pode ter benefícios do Estado, através de leis especiais. E parte desse investimento pode ser retornado através de benefícios. A vantagem de se ter o terreno privado é que consegue utilizar ele como garantia para conseguir melhores créditos em bancos - e na doação você não consegue. E a cidade não está saturada: as indústrias que quiserem, podem e devem se instalar aqui.

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