PG recebe R$ 7 bilhões em novos investimentos industriais desde 2020

Desde 2020, Ponta Grossa conquistou uma série de novos investimentos, com aportes que superam a marca de R$ 7 bilhões. Fazem parte desse rol de investimentos a ampliação da Heineken (R$ 865 milhões), expansão da Ambev (R$ 370 milhões), ampliação da DAF (R$ 395 milhões), nova estrutura da Master Cargas (R$ 370 milhões), a nova linha da Continental (R$ 175 milhões), Madero, entre outros aportes. E novos investimentos, como da Maltaria Campos Gerais (R$ 3 bilhões), Nissin (R$ 1 bilhão), Queijaria Unium (R$ 460 milhões), Cristalpet (R$ 447 milhões), além da chegada de duas indústrias argentinas, a Quentitas (alimentação) e a LP (fabricante de bicicletas e de soluções de mobilidade elétrica).

Entre eles, o investimento mais simbólico é o da Maltaria Campos Gerais, fruto da intercooperação que envolve seis cooperativas da região: Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí). Seu aporte total anunciado, de R$ 3 bilhões, foi o maior da história de Ponta Grossa para uma unidade industrial. Esse valor será aplicado em duas fases, até 2032, sendo que R$ 1,6 bilhão já foi aplicado para o início das operações, que aconteceu neste primeiro semestre de 2024.

O secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Pinto, reforçou a relevância da Nissin, multinacional japonesa, destacada por ele como o maior investimento anunciado na cidade nos últimos dois anos: o aporte chegará a R$ 1 bilhão. “A Nissin vai gerar mais de 500 empregos diretos. Vão ser quatro fases de implementação, previstas para serem executadas em 20 anos”, explicou. A unidade da cidade será a maior indústria do grupo no Brasil, onde fabricará massas instantâneas.

Outra obra de uma nova multinacional, que já está em execução na cidade, às margens da BR-376, no Distrito Industrial, é da Cristalpet (Envases), sediada no México. Anunciado em 2023 junto ao município, em agosto de 2024 ele foi confirmado junto ao governo do Estado, enquadrado no 'Programa Paraná Competitivo', quando o aporte divulgado foi atualizado para R$ 447 milhões. A unidade industrial será voltada para produzir embalagens de polietileno tereftalato (PET) e a expectativa é de gerar 170 empregos diretos e 750 indiretos.

“Esses investimentos não apenas ampliam a base industrial local, mas também diversificam a economia, o que é fundamental para a estabilidade financeira a longo prazo. Com a instalação dessas empresas, estamos vendo um fortalecimento da cadeia produtiva, que gera novos empregos e oportunidades”, completa.

O secretário Paulo Pinto também reforça que esse ciclo é muito positivo, por refletir no desenvolvimento econômico da cidade como um todo. “Para cada emprego na indústria, são gerados três no comércio. Então, essas grandes empresas começam a fazer com que o comércio cresça. Nem todos os funcionários são ponta-grossenses, alguns vêm de fora, então eles vão comprar no comércio daqui e o dinheiro acaba ficando aqui. Percebemos isso também com escola, mercado imobiliário. Então, afeta demais toda a economia da cidade”, reforça.

NOVOS APORTES - Para o futuro, as perspectivas seguem em alta. Uma indústria que ainda não foi anunciada oficialmente, mas que confirmará a instalação na cidade, é a Owens-Illinois (O-I), considerada a maior fabricante de garrafas de vidro do mundo, com um investimento em torno de R$ 1 bilhão. A multinacional norte-americana já solicitou o licenciamento ambiental junto à Compagas, para ser abastecida com gás natural em um terreno na região do Distrito Industrial, ao lado de onde a Cristalpet constrói sua unidade. Além disso, segundo informou a prefeita Elizabeth Schmidt ao Grupo aRede, a cidade é bastante procurada por indústrias, interessadas em se instalar no município. Há algumas negociações bastante avançadas, de indústrias que, em breve, devem confirmar sua instalação, mas sem falar nomes, pelo compromisso de confidencialidade.