Cotidiano
Caritas precisa da doação de notas fiscais sem CPF
Notas se transformam em recursos para manter a entidade
Publicado por Iasmin Gowdak | 19 de fevereiro de 2025 - 01:22

Se você é católico sabe que a dimensão caritativa da Igreja está relacionada ao cuidado com os pobres, os excluídos, e representa a expressão da misericórdia de Deus, constituindo um dos pilares de sua missão. Foi para personificar essa face social da Igreja que foi criada, em 1951, a Caritas Internacional. Na Diocese de Ponta Grossa, a atuação da Caritas se dá desde 2007 e se baseia no apoio a migrantes e refugiados, projetos de proteção ao meio ambiente, de gestão de riscos e de emergências, segurança alimentar e economia popular solidária.
As ações são viabilizadas, em sua grande maioria, por recursos obtidos com a troca das notas fiscais, sem o CPF, dentro do Programa Nota Paraná. As notas que são colocadas na caixinha das paróquias ou no comércio, que precisam ter menos de 60 dias de emissão, são recolhidas por voluntários da Caritas Diocesana, lançadas no sistema do Nota Paraná, onde, depois de três meses, são processadas pela Secretaria estadual de Fazenda e se transformam em verba, transferida para a conta da entidade no sistema do programa.
“As paróquias que coletam as notinhas sem CPF devem nos avisar (sobre a existência das notas) que vamos buscar. Estamos com pouquíssimas notas e essa é a nossa única fonte de recurso. Essa parceria é muito importante para nós”, pede a assistente social da Caritas Diocesana, Erica Francine Pilarski Clarindo. As notas válidas para registar doação para a Caritas e qualquer outra entidade cadastrada no Nota Paraná e voltar recurso para entidade são as notas do mês vigente e do mês anterior, segundo Erica.
Todas as paróquias são filiadas à Caritas e a maioria delas têm a urna para coletar as notas fiscais. “O recurso gerado apoia todo o trabalho desenvolvido pela Caritas na Diocese, pagando funcionário, custeando a manutenção da sede (luz, água, internet) e combustível, adquirindo sacolas de verduras, pagando alimentação nas atividades realizadas...Hoje, essa fonte de renda é a maior da Caritas. Recebemos em torno de sete mil reais mensais. É um gesto de solidariedade por parte das pessoas, que colabora para a transformação social e vida das pessoas em situação de vulnerabilidade, que são atendidas pela Caritas juntamente com as paróquias”, acrescenta a assistente social.
Em 2024, foram doadas, uma média, de 420 mil notas fiscais, o que gerou R$ 86 mil em recursos. No comércio, em Ponta Grossa, há cerca de 100 pontos de coleta. “É de grande ajuda. Além da parte assistencial, nos projetos sociais que surgem, ajuda na sustentabilidade, a pagar o salário de uma funcionária. Os recursos vêm do programa”, comenta sobre a doação de notas fiscais sem o CPF o presidente recém-eleito da Caritas Diocesana, diácono Alcedir Godoy.
Com informações de assessoria.