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Região é a mais beneficiada pelos investimentos do ‘Paraná Trifásico’

Programa reforça a infraestrutura elétrica da área rural e facilita o acesso à energia, com a modernização do sistema. Mais de 3,6 mil quilômetros de redes trifásicas foram construídos nos municípios da região até o final deste ano

Investimentos em 2023 giraram em torno de R$ 500 milhões
Investimentos em 2023 giraram em torno de R$ 500 milhões -

A Copel alcançou, neste final de ano, a marca de 15 mil quilômetros de redes trifaseadas, em investimentos que reforçam a infraestrutura elétrica da área rural, facilitam o acesso à energia e contribuem para reduzir o impacto de desligamentos no campo. A iniciativa do Paraná Trifásico, que adiciona automação à rede rural, vai aplicar R$ 2,8 bilhões até o final do programa para a construção de redes trifásicas, sendo que somente em 2023, o investimento gira em torno R$ 500 milhões. Entre os municípios mais beneficiados por esses investimentos estão inúmeros pertencentes à região dos Campos Gerais e Centro-Sul do Estado. 

Nesta região, 3.628 quilômetros de redes foram concluídos até o início de dezembro. Os municípios mais beneficiados, com maiores extensões de redes construídas na região, foram Prudentópolis (213 km), Ponta Grossa (204 km), Reserva (201 km), Palmeira (193 km) e Ortigueira (187 km). Além disso, em toda a região, há obras que somam mais 437 quilômetros de redes em construção. Quando elas foram concluídas, serão mais de 4 mil quilômetros de redes executadas nessas cidades. 

Em âmbito estadual, com as obras rigorosamente dentro do prazo estabelecido, o programa já entregou a maior parte dos 25 mil quilômetros que devem ser construídos até 2025. Até o momento, quase 90% das cidades paranaenses foram beneficiadas com as obras do Paraná Trifásico. “Com as obras do Paraná Trifásico alcançando a maior parte dos municípios do Estado, podemos afirmar com segurança que a população do campo como um todo já está sendo beneficiada pelas novas redes”, afirma o presidente da Copel, Daniel Slaviero. “Essas obras modernizam a rede rural e reduzem o custo do acesso à energia elétrica no campo. Na prática, estamos falando de energia de qualidade para o produtor rural continuar a crescer e em conforto e tranquilidade para a população”, acrescenta ele.

A região lidera com vantagem sobre as outras regiões. Até o final de outubro, por exemplo, a segunda região mais atendida pelo programa foi a Oeste, com cerca de 2,5 mil quilômetros alcançados. Entre as outras regiões, a Noroeste recebeu cerca de 2,4 mil quilômetros; o Leste cerca de 2,2 mil; o Norte passou de 2 mil quilômetros; e o Sudoeste, cerca de 2 mil. 

REIVINDICAÇÕES

O superintendente de Projetos Especiais da Copel, Júlio Omori, afirma que o programa atende uma reivindicação antiga de produtores rurais em relação à rede trifásica. “Precisamos fazer uma renovação da rede de distribuição. A monofásica teve seu mérito, a Copel foi uma das primeiras empresas do Brasil a levar energia para o campo, mas o objetivo na época era levar rede mais simples e mais barata. Quarenta anos se passaram e algumas já sinalizam a necessidade de renovação, além de que a confiabilidade no fornecimento de energia elétrica passou a ser cada vez mais importante para estes produtores”, diz.

As novas linhas possuem conexões inteligentes com a central de monitoramento da rede, chamados de religadores automáticos. Esses equipamentos têm capacidade para identificar problemas e “abrem temporariamente” para passagem de eventuais curtos e evitar desligamentos, e religam a energia sem precisar de interferência humana. Os equipamentos podem ser acionados remotamente pelo novo Centro de Operação da Copel em Curitiba.

SEGURANÇA

Com o trifaseamento, haverá interligação entre as redes. O efeito será a criação de redundância no fornecimento, ou seja, redes que hoje estão próximas, mas não conversam, passarão a ser interligadas. Se a energia falha em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido. Os equipamentos inteligentes também identificam curtos circuitos mais rapidamente.

Os novos postes estão sendo enterrados 1,80 metro para dentro da terra, o que renova resistência contra ventos fortes. Alguns deles têm para-raios para ajudar a enfrentar as intempéries. “Os postes antigos suportavam ventos de 60 km/h ou 70 km/h. Os novos suportam ventos de mais de 100 km/h”, explica Lúcio Godoy, técnico da Copel que fiscaliza as obras do programa na região Oeste. “Vamos tirar 90% dos postes que ficavam no mato, sujeito a quedas de árvores, e também evitar com que as lavouras sejam degradadas diante de eventual manutenção, que exige entrada de caminhões pelas plantações”, afirma Godoy.

INFRAESTRUTURA

Toda a espinha dorsal da rede de distribuição no campo está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. “Com o Paraná Trifásico, a Copel contribui para melhorar a qualidade do fornecimento de energia para o campo. A nova rede possui cabos que contam com capa protetora e alto nível de resistência”, explica o superintendente de Engenharia de Expansão da Copel, Edison Ribeiro da Silva.

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