Em indireta a Fux, Cármen diz que não se pode comparar julgamentos
Primeira Turma do STF retomou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (11)
Publicado: 11/09/2025, 15:44

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou nesta quinta-feira (11) que não se deve comparar julgamentos, ao rejeitar a tese de cerceamento da defesa apresentada por advogados dos réus da suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Na quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux acolheu o pedido da defesa, comparando os prazos do atual julgamento com o do Mensalão. Em seu voto, a ministra ressaltou que todos os autos do processo foram disponibilizados e rebateu o argumento de que o julgamento se deu “rápido demais”.
“Muito se fala: foi rápido demais esse julgamento. Estamos há dois anos e sete meses daquela afirmativa da eminente ministra-presidente do Supremo [Rosa Weber], que seria feito e tudo seria investido para que algo de tamanha gravidade, que atinge o coração da República, era preciso que se desse a devida preferência — vamos dizer, no caso de julgamento, não de preferência em relação a quem praticou o quê. E por isso os julgamentos estão acontecendo”, pontuou Cármen.
A ministra rejeitou todas as questões preliminares apresentadas pela defesa. O placar geral do julgamento está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maioria dos réus, incluindo o ex-presidente. Nesta quinta-feira, após Cármen Lúcia, quem vota é o presidente da Turma, Cristiano Zanin.
Com informações de: Metrópoles.