Sanção dos EUA a Motta e Alcolumbre pode atrapalhar oposição, diz Flávio Bolsonaro
O senador desembarcou em Brasília após cancelar as férias e antecipar o retorno ao país
Publicado: 23/07/2025, 21:13

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) desembarcou em Brasília, nesta quarta-feira (23), após cancelar as férias e antecipar o retorno ao país. A decisão ocorre em meio ao aumento da pressão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao chegar ao Brasil, após viagem a Portugal, o senador afirmou que uma possível sanção do governo dos Estados Unidos (EUA) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), poderia atrapalhar o andamento das pautas da oposição no Congresso.
A fala do parlamentar vem após o governo Trump cogitar a possibilidade de sanções a Motta e Alcolumbre. Flávio acredita que uma das razões que possa ter levado o governo Trump a avaliar as sanções foi uma possível omissão de Alcolumbre sobre pautar a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu acho que pode atrapalhar dependendo de como vai ser a reação do presidente Davi (…) Eu sou sempre do diálogo de construir, de conversar. Mas quando há uma intransigência e nada mais pode ser feito, eu só enfatizo de novo. É uma possibilidade que pode ser que esteja lá na mesa do Trump, mas a gente não tem nenhum controle sobre isso”.
Na visão do parlamentar, uma possível sanção de Mota e Alcolumbre poderia gerar um “espírito de corpo” dos presidentes do Senado e Câmara ao ministro Alexandre de Moraes. “Como está sendo sancionado também, você, então… Vamos estar juntos, vamos nos proteger”, disse Flávio sobre uma eventual aproximação de Mota, Alcolumbre e Moraes.
O filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que as medidas cautelares impostas contra o ex-chefe do Executivo no inquérito que investiga supostos crimes contra a soberania nacional configuram “censura prévia”, “extrapolam em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal” e são crime de responsabilidade.
Com informações: Metrópoles.