'Abin Paralela' espionou Alexandre de Moraes errado, aponta PF
Inquérito indica que homônimo de ministro foi alvo de monitoramento equivocado por servidor
Publicado: 18/06/2025, 21:47

A Polícia Federal (PF) apontou que a chamada "Abin paralela" monitorou um gerente-geral chamado Alexandre de Moraes com o objetivo de espionar o ministro homônimo do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta em relatório da PF que se tornou público nesta quarta-feira (18).
Relator do caso no STF, o próprio ministro Alexandre de Moraes foi o responsável por autorizar a quebra de sigilo do documento. De acordo com a investigação, agentes da Abin usaram sistemas de consulta considerados "ilegítimos" para realizar monitoramentos, o que resultou em erros como buscas por homônimos — pessoas com o mesmo nome.
Um dos exemplos citados no relatório é o de Alexandre de Moraes Soares, que vive no Estado de São Paulo e trabalha como gerente-geral em uma rede de lojas do setor varejista doméstico. "O registro, por exemplo, associado à pesquisa de 'ALEXANDRE DE MORAES SOARES' não apresenta nenhuma justificativa, levando à plausibilidade de terem sido realizadas três pesquisas do homônimo do Exmo. Ministro Relator no dia 18/05/2019", afirma o documento.
Segundo a PF, as consultas foram feitas de forma reiterada e sem qualquer motivação formal por Thiago Gomes Quinalia, então agente de inteligência da Abin. Como revelou a CNN Brasil, Quinalia foi demitido em dezembro do ano passado por abandono de cargo.
A PF também aponta que Quinalia integrava o chamado "Núcleo Evento Portaria 157", responsável por produzir ligações entre políticos, magistrados e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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