Após pesquisa, ministro ameaça 'fechar' Instituto Ipec
Pelas redes sociais, ministro das Comunicações de Jair Bolsonaro, Fábio Faria, disparou contra o órgão
Publicado: 20/09/2022, 08:51
Fábio Faria, ministro das Comunicações de Jair Bolsonaro (PL), foi às redes sociais nesta segunda-feira (19), para falar em fechamento do Ipec (Antigo Ibope), instituto de pesquisas eleitorais, após novo levantamento apontar crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chances de o petista vencer o pleito já no 1º turno.
O petista apareceu em nova pesquisa com 47% de intenções de voto, 16 pontos percentuais à frente de Bolsonaro com 31%. Assim que a nova pesquisa foi divulgada pelo Ipec, o ministro das Comunicações, insinuou fraude e afirmou que, no dia 2 de outubro, data do primeiro turno da eleição, "a população vai cobrar o fechamento desse instituto".
Mesmo sem comprovar fraude nas pesquisas das intenções de votos, Faria seguiu reclamando dos resultados. "Chega desses absurdos com pesquisas eleitorais! A hora da verdade está chegando", disse o ministro.
Faria, com a publicação endossa a narrativa de Bolsonaro, que coloca em xeque não só o sistema eleitoral brasileiro, como a credibilidade dos institutos de pesquisa. No entanto, pouco tempo depois, ao ser acusado de estar ameaçando o Ipec, Faria fez nova publicação, afirmando que, se estiver errado, não terá problema "em reconhecer o erro". "Mas cobrarei o contrário. Dia 02 está logo aí. Aguardemos", escreveu o ministro.
O deputado André Janones (Avante-MG), aliado de Lula, respondeu a postagem de Faria, insinuando que no próximo ano o ministro estaria vendendo cosméticos porta a porta. "Povo Brasileiro, guardem o rosto desse cara, ano que vem ele poderá estar na porta da sua casa te oferecendo Jequiti", disse Janones. Fábio Faria é genro de Silvio Santos.
Em seguida o ministro das Comunicações, respondeu que será mais fácil encontrar o deputado Janones na "Argentina quando for conhecer o Macron". Se referindo a uma entrevista, onde Janones, então candidato à presidência, disse que Emmanuel Macron, presidente da França, era o presidente do país vizinho.