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Número de mortos nos protestos do Chile sobe para 11

Governo chileno declarou estado de emergência nas cidades do norte e sul do país

O estado de emergência no Chile permanece vigorando e conta com a mobilização de mais de 10 mil policiais
O estado de emergência no Chile permanece vigorando e conta com a mobilização de mais de 10 mil policiais -

Da Redação

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Governo chileno declarou estado de emergência nas cidades do norte e sul do país

O número de pessoas mortas em protestos contra o aumento das passagens de metrô no Chile aumentou para 11. A informação foi dada nesta segunda-feira (21), pela governadora de Santiago, Karla Rubilar.  Segundo o balanço oficial mais recente, mais de mil e quatrocentas pessoas já foram detidas.

Desde sexta-feira (18), uma onda de protestos fez com que militares e a polícia usassem gás lacrimogêneo e jatos d'água contra os manifestantes e um toque de recolher foi imposto nas principais cidades. 

Nesse domingo (20), o governo chileno declarou estado de emergência nas cidades do norte e sul do país. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que o país está "em guerra" contra os responsáveis pelos protestos. O chefe de estado disse ainda que entende que os cidadãos se manifestem, mas que considera "verdadeiros criminosos" os responsáveis pelos incêndios, pelas barricadas e pilhagens, assim como pelos mortos e feridos.

Uma fábrica de roupas foi alvo de roubos, no norte de Santiago; ocorreu um incêndio em um supermercado; ônibus foram queimados; dezenas de escolas suspenderam as aulas; e, mesmo que o presidente chileno tenha suspendido o aumento dos preços dos transportes, as manifestações e os confrontos prosseguiram no final de semana.

O aumento da tarifa do metrô foi apenas um "estopim" para que a crise se instalasse no país. Essa é a análise do professor Juliano da Silva Cortinhas, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). Para o acadêmico, um descontentamento popular com a saúde, educação e previdência, pode ter motivado os protestos.

“[No Chile] A educação é paga, as pessoas se aposentam tardiamente – ganham muito pouco quando se aposentam. O sistema de saúde também está privatizado – não atende bem, não garante uma série de serviços, de procedimentos, de cirurgias, operações, com muita gente morrendo nos leitos de hospitais, sem condições de pagar. Então, é uma situação de longo prazo que vem se agravando, que é decorrente de um processo de privatizações, de adesão plena ao neoliberalismo, sem que haja instrumentos para que o Estado invista na economia e proteja a economia nacional de crises mundiais”, disse.

O estado de emergência no Chile permanece vigorando e conta com a mobilização de mais de 10 mil policiais.

Agência do Rádio Mais

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