‘O Cavaleiro Solitário’ e sua máscara simbólica | aRede
PUBLICIDADE

‘O Cavaleiro Solitário’ e sua máscara simbólica

Imagem ilustrativa da imagem ‘O Cavaleiro Solitário’ e sua máscara simbólica
-

Tiago Bubniak

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Injustiçado. Pode-se dizer que ‘O Cavaleiro Solitário’, de Gore Verbinski, foi injustiçado. Grande parte da crítica massacrou a produção e muito se comentou a respeito da discrepância entre valores investidos e audiência conquistada. Mas o fato é que o filme com Johnny Depp (em mais um de seus tantos papéis exóticos) não é digno de tanto massacre.

A química entre o personagem de Depp, o índio Tonto, e o de Armie Hammer, o advogado John Reid, é cômica o suficiente para “elevar a cotação” da película. Também há espaço para drama, ação e aventura em um contexto que envolve exploração de prata, conflitos com indígenas e expansão da malha ferroviária pelos Estados Unidos. “Desde o tempo de Alexandre, o Grande, nenhum homem andou mais veloz do que o cavalo que o levava”, expõe um dos personagens, referindo-se ao trem. “Quem controlar os trens controlará o futuro; terá um poder que faz imperadores e reis parecerem bobos”, prossegue ele, concedendo uma ideia dos interesses que esse “poder” pode suscitar.

O filme conta as origens de John Reid, personagem criado por George Washington Trendle, na década de 1930, no rádio. Formado em direito, ele retorna à sua cidade natal, Colby. O advogado não demorará a perceber quão abismal é o distanciamento entre teoria e prática quando o assunto é a aplicação da lei em terras onde esse conceito é simplesmente ignorado. Dessa situação nasce a forte simbologia da máscara emblemática do protagonista.

Ao acompanhar o irmão Dan (James Badge Dale) e outros companheiros em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner), criminoso famoso por consumir a carne de seus desafetos. Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. Unido a Tonto, ele passa a perseguir Cavendish.

‘O Cavaleiro Solitário’ põe em suspenso o conceito de justiça, provoca indignação, faz rir e chama atenção nas cenas de ação. Não é pouca coisa. Pode até não ser considerado um primor digno de entrar para a história do cinema. Mas tampouco é merecedor de tanto repúdio.

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right