Mais de mil casas foram entregues em PG em 2025; setor aumenta em 35%

O município de Ponta Grossa aumentou em 35% a entrega de unidades habitacionais, de casas populares a casas de médio e alto padrão, em comparação com o ano anterior. De acordo com Elton Pietrochinski, presidente da Associação Paranaense de Construtores (APC), o setor está aquecido e construtoras locais estão sendo valorizadas.

Em 2024, a APC entregou cerca de 884 moradias, com tamanho médio de 50 a 70m². Já, em 2025, a estimativa de levantamento realizado em setembro indica que a entrega anual passa o número de 1.194 unidades, o que equivale ao aumento de 35%. "Provavelmente nenhuma indústria em nossa cidade teve um crescimento tão grande em um período de 24 meses", conta Pietrochinski.

REFORMA CASA BRASIL - A equipe de Jornalismo do Portal aRede/Jornal da Manhã conversou com Pietrochinski sobre o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, voltado a famílias que já possuem imóveis e precisam de melhorias, como troca de telhados, pisos, instalações elétricas e hidráulicas, bem como a ampliação de cômodos.

Questionado sobre o impacto deste programa em Ponta Grossa, o presidente da APC afirma ser difícil estimar a quantidade de famílias impactadas, mas que é certeza que serão muitas. "Com o plano diretor de 2022, algumas novas regras foram implementadas, trazendo imóveis com mais terreno, mais quintal, mais qualidade para seus moradores. Esses recursos certamente serão empregados em ampliações, movimentando o comércio local", diz.

Desta forma, entende-se que, ao inaugurar novas moradias e melhorar a qualidade da infraestrutura do município, outros setores, como o comércio, também são impactados positivamente.

DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS - Para Pietrochinski, o setor entende o programa com "bons olhos" por movimentar a economia e gerar empregos, entretanto, aponta uma preocupação entre os profissionais. "O setor se preocupa com recursos liberados sem critérios rigorosos e com muito controle, pois retira mão de obra do mercado temporariamente, com utilização dos recursos em finalidades distintas para o qual ele foi criado", afirma o presidente da APC.

De acordo com o governo, os beneficiários poderão contratar um financiamento por vez, com prazo de amortização de 2 a 5 anos. O programa deve ofertar até R$ 40 bilhões em crédito para reforma de casas em todo o país, e, questionado sobre a principal finalidade destes recursos em Ponta Grossa, Pietrochinski diz que ainda é preciso averiguar. "Ainda não está claro, pois o material disponibilizado não trazem informações técnicas. Certamente atenderá as demandas de pequena e baixa complexidade, como a ampliação de 1 quarto, uma garagem, ou uma área de convivência", conta.

DOCUMENTOS TÉCNICOS - O presidente da APC finaliza apontando que acredita ser importante que o programa exija documentações para validar as reformas. "Será importante, e imagino também necessário, apresentação de projetos, memoriais descritivos, anotação da responsabilidade técnica para projetos mais elaborados, orçamentos e acompanhamento rigoroso do órgão financiador, para verificação da correta aplicação dos recursos", finaliza.

A análise de Pietrochinski, especialista do setor imobiliário, aponta um futuro positivo para o crescimento da cidade em conjunto ao aumento de entregas de unidades habitacionais. Da mesma forma, o presidente da APC prevê que a chegada do programa Reforma Casa Brasil em Ponta Grossa deve ser seguida de cuidados técnicos com documentações e destino de recursos para as obras.