Professor da UEPG buscará planetas semelhantes à Terra em projeto científico
O pesquisador faz parte de uma equipe de 76 membros de todo o mundo; o convite veio da ESA
Publicado: 29/05/2025, 16:42

Existem outros planetas semelhantes à Terra no universo? Esta é a pergunta que o Satélite Plato vai buscar responder. Para compor o comitê científico do projeto, o professor Marcelo Emílio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), agora faz parte de uma equipe de 76 membros de todo o mundo, a convite da Agência Espacial Europeia (ESA). A novidade veio no início deste mês, e o Satélite tem previsão de lançamento a partir do segundo semestre de 2026.

A missão Plato (sigla para PLAnetary Transitits and Oscillations of stars) iniciou a construção do satélite em 2007, visando fotografar mais de 100 mil estrelas e encontrar planetas fora do Sistema Solar que tenham semelhanças com a Terra. O planejamento é lançar para uma região espacial a cerca de 1,5 milhão de quilômetros do nosso planeta. A partir deste ponto de vista, as câmeras buscarão espaços com condições adequadas para água líquida e até vida.
Dos 76 membros do comitê científico, dois são do Brasil – além de Marcelo Emílio, integra também a professora Silvia Alencar, da Universidade Federal de Minas Gerais. A escolha por Emílio se deu pela descoberta do CoRoT ID 223977153-b, planeta fora do sistema solar, que é uma descoberta 100% brasileira, conquista com contribuição dos pesquisadores da UEPG. “Fomos o único grupo, fora a equipe que integrava o satélite CoRoT, que descobriu um exoplaneta (planeta fora do sistema solar) com os dados fornecidos, então já tínhamos experiência dessa outra missão”, explica Emílio.
Os professores serão uma ponte entre a equipe do Plato e a comunidade científica brasileira. “Eventualmente, poderei representar o Satélite em reuniões científicas, assessorar em projetos de pesquisa e na escolha de pontos de observação, então vamos dar suporte científico às operações de observação também”, adiciona.
Serão 26 câmeras de alta resolução, que irão captar pequenas variações em saídas de luz, por meio do trânsito de exoplanetas. Com previsão de lançamento de 2026, a partir do Porto Espacial Europeu na Guiana Francesa, o satélite ficará em uma posição entre Sol e Terra, chamada de Ponto Lagrange L2. “Este convite mostra uma integração, tanto com a comunidade brasileira, quanto com a nossa Universidade, em um âmbito internacional de pesquisa, já que vamos estar envolvidos em um projeto de ponta”, finaliza Marcelo. Conheça mais sobre o projeto, no site aqui.
Com informações da assessoria de imprensa.