Secretário explica água turva no Lago de Olarias; veja vídeo
Turbidez da água e bancos de terra em alguns pontos da área de lazer têm chamado a atenção da população
Publicado: 27/02/2025, 17:56

Após moradores relatarem que a água do Lago de Olarias está turva e com o nível abaixo do normal em alguns pontos, a reportagem do Portal aRede procurou a secretaria municipal de Infraestrutura e Planejamento para entender o que de fato ocorreu. Em entrevista exclusiva nesta quinta-feira (27), Luiz Henrique Honesko, gestor da pasta, apontou os motivos para a alteração no visual da área de lazer.
Em relação à turbidez da água, o secretário garante que essa é uma característica normal e que se manifesta principalmente em períodos mais chuvosos. Além de ser uma área de lazer, Honesko ressalta que o Lago de Olarias também é uma ferramenta para prevenção de enchentes e melhoria do sistema de drenagem urbana.
“O lago é feito para conter a água da chuva e evitar estragos nas áreas localizadas ao seu redor”, aponta o gestor, ao reforçar que a população não precisa se preocupar com a coloração da água. Recentemente, o Portal aRede noticiou que a Secretaria de Meio Ambiente possui uma equipe que realiza a coleta de resíduos que chegam até o Lago de Olarias.
Quando questionado sobre os relatos a respeito do nível da água, Honesko indicou que o volume não está abaixo do normal. O secretário explica que, na verdade, ao longo dos seis anos de operação, a área de lazer foi assoreada. Isso significa que detritos, como areia, pedras e terra, foram carregados pela chuva e chegaram ao fundo do Lago de Olarias.
De acordo com gestor de Infraestrutura e Planejamento, um estudo técnico identificou três fatores que contribuíram para o assoreamento da área. Um deles é a falta de urbanização próximo à bacia do Arroio Olarias. “Isso está sendo resolvido com obras de pavimentação nas vilas Santana, Coronel Cláudio, Estrela do Lago e outras áreas”, afirma Honesko.
Outro fator contribuinte para o assoreamento do Lago I está associado à execução das obras do Lago II. O secretário lembra que uma grande escavação foi realizada no início do projeto, o que fez com que detritos também chegassem à água. Com a pausa na preparação da nova área, devido à necessidade de reestruturação do projeto licitado, a vegetação do entorno se regenerou e ajudou a conter a terra e as pedras.
IRREGULARIDADE - O último motivo apontado por Honesko a respeito do assoreamento é a existência de terrenos particulares no entorno do Lago de Olarias. “A gente acredita que é o que está causando mais danos”, diz. Durante a entrevista com o secretário, realizada logo após uma pancada de chuva, foi possível observar que a enxurrada vinda destas áreas carregava terra.
O secretário revela que alguns dos terrenos tinham alvará de construção. No entanto, os documentos venceram e foram cancelados. Honesko ainda conta que outras áreas particulares sequer possuíam alvará. Notificações e autuações foram emitidas para que os proprietários realizem obras de contenção no local. Uma das multas aplicadas chega ao valor de R$ 150 mil.