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Veja os principais detalhes do depoimento da filha que matou a mãe

"Preferiria que tivesse sido eu do que ela. Ela pelo menos era feliz, eu nunca tive vontade de viver", disse no depoimento

Da Redação

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A jovem Camila Mayumi Kanayama , de 26 anos, prestou depoimento à Polícia Civil de Curitiba no final da tarde desta sexta-feira (10), por volta das 18h20, na Central de Flagrantes. Ela é a principal suspeita da morte da própria mãe, Doraci Kanayama, de 58 anos, que foi brutalmente assassinada a facadas na noite desta quinta-feira (9), por volta das 22h30, na residência da família, localizada entre a Rua Amazonas e a Rua Padre Nóbrega, na região da Vila Estrela, em Ponta Grossa. Para relembrar sobre o crime, clique aqui.

O depoimento da jovem aconteceu na Central de Flagrantes da capital, pois após o crime Camila fugiu para Curitiba e buscou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Comprido, onde foi localizada e presa pela Polícia Militar. A vítima falou com a Polícia Civil depois de receber o tratamento médico necessário, por conta dos ferimentos que teve após entrar em luta corporal com o irmão, que tinha tentado socorrer a mãe.

No depoimento, a bacharel de Direito alegou ter Síndrome de Bordeline e Bipolaridade. Ela também disse que toma remédio de uso contínuo. "Faz anos já". Questionada sobre o crime de feminicídio contra a própria mãe, Camila afirmou que agiu em legítima defesa. 

A discussão entre as duas teria começado por conta de um aparelho telefônico. "Eu perguntei 'será que posso ter meu celular de volta?' e ela respondeu 'não sei, vamos conversar' e nisso ela pegou a arma de choque que estava no quarto dela", disse a jovem no depoimento. Camila disse ainda que a mãe usou a arma de choque contra ela.  "Eu falei 'para, para, para', mas ela não parava", relatou. Posteriormente, Camila afirmou que conseguiu pegar a arma de choque e foi neste momento que a mãe teria pegado a faca. "Só que daí eu tomei a faca da mão dela", contou.

Questionada quantas vezes ela golpeou a mãe a facadas, Camila disse não saber. Sobre a chegada do irmão, a jovem disse que ele tentou parar a briga. "Ele tentou separar a gente, eu estava brigando ali, daí fiquei nervosa quando vi, pensei 'meu Deus, o que está acontecendo!?', fui tentar fazer a respiração... a massagem cardiorrespiratória, daí ele falou 'saí daqui, saí daqui. Vou ter que ligar para a ambulância. Saí daqui, saí daqui senão vou te matar'", mencionou Camila sobre o irmão.  A jovem ainda contou sobre a luta corporal que teve com ele. "Eu falei 'vamos resolver, vamos resolver', daí ele começou a me espancar", disse. Posteriormente, conforme a própria jovem, ela fugiu do local. 

Quando perguntada se a mãe chegou a feri-la com a faca, Camila disse que Doraci a acertou na mão e também mordido seu braço. Ela também foi questionada se lembrava em qual região do corpo tinha dado as facadas contra a mãe, mas ela disse não se recordar. A bacharel em Direito comentou ainda que tinha perguntado se a mãe tinha sobrevivido. "Daí me deram a notícia.. chorei bastante", disse.

A jovem ainda relatou que gostaria de ter morrido no lugar de Doraci. "Preferiria que tivesse sido eu do que ela. Ela pelo menos era feliz, eu nunca tive vontade de viver", disse no depoimento. Por fim, ela negou qualquer histórico anterior de agressão física entra ela e a mãe. Para ver o vídeo do depoimento completo, clique aqui.

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