Elizabeth entrega plano de recuperação do aterro de Botuaquara
Local foi desativado em agosto de 2019, na gestão do ex-prefeito Marcelo Rangel. Com a entrega do plano de recuperação, Prefeitura estuda transformar o local em usina fotovoltaica
Publicado: 17/01/2023, 21:14
A prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) e o Secretário Municipal de Meio Ambiente André Pitela se reuniram nessa terça-feira (17) com Valdemar Jorge, secretário de Desenvolvimento Sustentável do Paraná. No encontro, a chefe do Executivo ponta-grossense entregou o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) do Aterro Municipal de Botuquara, que encerrou as suas atividades em 2019. “Hoje formalizamos um documento junto ao órgão ambiental do estado, visando recuperar a nossa vegetação. Aqui, o trabalho é sério”, destacou Elizabeth em uma publicação nas redes sociais.
Desativado em agosto de 2019 pela gestão do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD), o ‘Aterro Botuquara’ recebia os resíduos sólidos de Ponta Grossa. Na época, Rangel comemorou o fim das atividades do aterro. “Hoje, estamos anunciando a resolução de um problema histórico da cidade, que há mais de 50 anos vinha depositando seus resíduos em aterro a céu aberto, sem os tratamentos adequados. Essa vitória é resultado de todo o trabalho desempenhado pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA)”, disse naquela ocasião.
Antes desse ‘fechamento’, em 2015, a Prefeitura de Ponta Grossa havia firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, se comprometendo a fechar o aterro em 2 anos. Porém, após o término desse prazo em 2017, a Justiça determinou o fechamento total do espaço, alegando que a administração municipal não havia cumprido com o TAC firmado. Ainda naquela época, o Poder Executivo afirmou que revitalizaria o local, construindo um espaço para ciclismo e tornando o ‘Aterro Botuquara’ em um ponto turístico da cidade.
DETALHES DO PLANO
Em abril do ano passado, a Prefeitura firmou um contrato com a RSJ Soluções Ambientais, para que a empresa de Teixeira Soares apresentasse o PRAD. O contrato firmado teve um custo de R$ 25,7 mil para os cofres públicos e definiu as medidas necessárias para a recuperação ou restauração da área perturbada ou degradada.
O estudo também apresentou atenção especial à proteção e conservação do solo e dos recursos hídricos e, “se necessário, técnicas de controle da erosão que deverão ser executadas”. Por fim, o contrato trouxe um ‘Programa de Investigação Geológica, Geotécnica e Hidrogeológica’.
USINA SOLAR
Após questionamentos do Jornal da Manhã, em outubro de 2022, sobre quais seriam os planos para o antigo aterro, a assessoria de imprensa revelou que “está em estudo a implantação de um sistema de energia solar no local”. Além disso, a comunicação do Poder Executivo detalhou como estão os serviços do ‘Aterro Botuquara’. “Está fechado, em recuperação, com vigília 24 horas e monitoramento ambiental do chorume”. Desde setembro de 2021, o MP-PR vem também acompanhando os próximos passos para o ‘Aterro Botuquara’. Na época, a Prefeitura de Ponta Grossa foi questionada sobre o chorume do local, que poderia estar contaminando um córrego existente na Comunidade Emiliano Zapata.