Comércio de notas falsas é flagrado nas redes sociais | aRede
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Comércio de notas falsas é flagrado nas redes sociais

Comércio de notas foi flagrado em grupo no Facebook
Comércio de notas foi flagrado em grupo no Facebook -

Grupo para vendas em Ponta Grossa recebeu uma postagem de venda de notas falsas na internet. Preço da venda é de R$ 250 por R$ 4 mil em dinheiro falso.

Sete dias após o comércio de notas falsas ser flagrado em grupos de Ponta Grossa no Facebook, a equipe de reportagem do Portal aRede voltou a localizar um crime do gênero sendo praticado através das redes sociais. Em um grupo no Facebook, uma internauta, que não será identificada porque utiliza provavelmente um nome falso, oferece a venda de notas de R$ 50 e R$ 100. O preço, informado na postagem, é de R$ 250 por R$ 4 mil em dinheiro falso.

            “Nota passa no teste da caneta marca texto, laser e contém marca d’água”, anuncia. O perfil utilizado no Facebook possui apenas 80 amigos e teve sua primeira postagem realizada na terça-feira (6). O número de telefone informado possui o DDD 47 – pertencente ao estado de Santa Catarina, em municípios como Joinvile.

            O Banco Central passa uma série de orientações para identificar dinheiro falso e evitar que uma nota dessas caia em suas mãos. Sempre observe a marca d'água segurando a cédula contra a luz e olhar pela frente da nota e observar na área clara as figuras que representam os animais.

Ao sentir o alto-relevo, você percebe a diferença de tato em algumas áreas da nota, como no numeral do canto inferior esquerdo e nas extremidades laterais da nota. Sempre que possível, compare a cédula suspeita com outra que se tenha certeza ser verdadeira.

Portal aRede denunciou criminoso

Um trabalho de investigação da equipe do Jornal da Manhã e do Portal aRede, realizado no fim de agosto, durou dois dias e começou através de grupos de Ponta Grossa nas redes sociais voltados para a compra e venda de produtos variados. Ostentando maços com cédulas de dinheiro, principalmente nos valores de R$ 100 e R$ 50, a postagem era enfática: “Notas fake (termo utilizado na internet para definir algo que seja falso) de qualidade, top, top, top”. A mensagem seguia exemplificando como a negociação seria feita e terminava com um “veeeem imboox, chama no chat”.

Um dos fotógrafos do JM/aRede entrou em contato com o responsável pela postagem explicando que estava precisando de dinheiro para adquirir uma motocicleta. O valor tratado seria de R$ 4 mil. Em menos de 20 minutos, a pessoa, se identificando como um jovem, respondeu. “Funciona assim. Te mando a conta para depósito. Você faz o pagamento na lotérica, tira foto do comprovante e me manda pelo Facebook. Eu vou na hora fazer o envio nos Correios e te passo o código de rastreio para verificar a entrega. O prazo de espera é de um dia. O Sedex para envio é por minha conta”, detalhou. Para conseguir a quantia desejada em notas falsas o fotógrafo teria que desembolsar R$ 400. “As notas são de qualidade, marca d´água, alto relevo, fita holográfica, ásperas. Passa nos principais testes”, garante o rapaz.

Para a surpresa da equipe de reportagem, ao enviar os dados bancários para que o depósito fosse efetivado, o jovem – que possui apenas 20 amigos na sua página do Facebook - respondeu passando um segundo nome.

Em uma busca rápida em sites que permitem a consulta de processos judiciais que não correm em segredo de justiça, foram identificadas mais de uma tramitação contra esse segundo nome dado pelo falsificador. Entre eles está o de crime de estelionato cometido no sul do país. 

 Pena para esse tipo de crime pode chegar a 12 anos de prisão

Falsificar, fabricar ou alterar moeda metálica ou papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro é crime previsto no artigo 289 do Código Penal. A pena varia de três a 12 anos de prisão e multa. Estará sujeito à mesma pena quem importar ou exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar ou introduzir na circulação moeda falsa. Mesmo tendo recebido de boa fé, comete crime, com pena prevista de seis meses a dois anos e multa, quem a recebe e a mantém em circulação, repassando a outros. De posse das informações e do arquivamento da conversa mantida com o falsificador, o JM/aRede denunciou o caso a Polícia Federal.

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