'A Casa do Dragão' tem acertos, mas peca pela trama | aRede
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'A Casa do Dragão' tem acertos, mas peca pela trama

Prelúdio de 'Game of Thrones' alterna entre grandeza e mediocridade em sua primeira temporada

Há de se reconhecer a forma como os roteiristas transformam 'Fogo e Sangue', que serve mais de apêndice para 'As Crônicas de Gelo e Fogo' do que como um capítulo à parte, em uma história intrigante
Há de se reconhecer a forma como os roteiristas transformam 'Fogo e Sangue', que serve mais de apêndice para 'As Crônicas de Gelo e Fogo' do que como um capítulo à parte, em uma história intrigante -

Da Redação

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Quatro anos depois do frustrante final de 'Game of Thrones', 'A Casa do Dragão' estreou na HBO com a missão de devolver a franquia às listas de maiores audiências da televisão mundial. O objetivo foi rapidamente alcançado, com o prelúdio criado por Ryan J. Condal e Miguel Sapochnik entregando números cada vez maiores a cada semana e com fãs engajando de forma dedicada com as fofocas que cercam a Casa Targaryen. E, por mais que as intrigas e climões da primeira temporada sejam inegavelmente divertidos, a introdução à guerra civil conhecida como A Dança dos Dragões sofre com alguns problemas técnicos difíceis de ignorar.

O principal defeito deste primeiro ano de 'A Casa do Dragão' está no roteiro. Por melhor que alguns diálogos fiquem quando entregues por atores do calibre de Emma D’Arcy, Paddy Considine e Eve Best, muitos deles parecem ser escritos apenas com o objetivo de viralizar, resultando em vários momentos contraditórios na construção de seus personagens principais, já prejudicada pela muleta dos saltos temporais.

Optando por pular anos e mais anos a cada dois ou três episódios, os realizadores da série acabam criando buracos nas personalidades de seus protagonistas. Por mais que muitos dos personagens de 'Game of Thrones' tenham chegado à oitava temporada muito diferentes do que eram no piloto da produção original, seu crescimento foi gradual e, de certa forma, merecido. Em contrapartida, esse desenvolvimento é totalmente atropelado pela pressa dos roteiristas de 'A Casa do Dragão', especialmente após a grande troca de atores na segunda metade da temporada.

Há de se reconhecer, no entanto, a forma como os roteiristas transformam 'Fogo e Sangue', que serve mais de apêndice para 'As Crônicas de Gelo e Fogo' do que como um capítulo à parte, em uma história intrigante. Embora tenha competido semanalmente com outros blockbusters televisivos como 'O Senhor dos Anéis', 'Mulher-Hulk' e 'Andor', 'A Casa do Dragão' nunca perdeu a atenção do público, que se manteve entretido e engajado até nos episódios mais fracos da série.

Principal destaque da temporada, Paddy Considine traduz todo o sofrimento de Viserys ao ver sua família ser corrompida por ambição ao mesmo tempo que sua saúde piora de forma exponencial. Impactante, a presença do ator transforma um personagem relativamente menor do mundo criado por George R.R. Martin em um dos rostos da franquia da HBO.

Longe de ser uma obra-prima, 'A Casa do Dragão' ao menos entrega uma história divertida, embora às vezes esburacada. Marcada mais pelos memes que proporcionou do que pela qualidade de sua execução, o prelúdio de 'Game of Thrones' prioriza o entretenimento, mas tem muito a melhorar caso queira levar a franquia de volta ao seu auge.

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