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Coluna RC entrevista Renata Regis Florisbelo

Escritora com 18 livros publicados, atriz, compositora e autora de mais de 800 obras jornalísticas, ela é uma referência cultural nos Campos Gerais

Renata Regis Florisbelo é a essência da versatilidade e dedicação. Escritora com 18 livros publicados, atriz, compositora e autora de mais de 800 obras jornalísticas, ela é uma referência cultural nos Campos Gerais. Paralelamente, sua sólida expertise na área fabril comprova que arte e técnica podem caminhar lado a lado.

Em 2024, destacou-se como Articuladora de Cultura no inovador Projeto Satélite Cultural, conduzindo oficinas de teatro e escrita que transformaram vidas. Lançou seu 18º livro, O Pitoresco Que Nos Persegue, e criou o criativo Tarô dos Livros, unindo literatura, reflexão e valorização de autores regionais.

Com talento, inovação e amor pela cultura, Renata Regis Florisbelo reafirma sua importância e relevância, mostrando que, no universo artístico, ela faz acontecer.

RC - Quais foram os maiores destaques e aprendizados para você/empresa em 2024?

Renata - Eu 2024 fui selecionada como Articuladora de Cultura do Satélite Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa. Um projeto pioneiro que visa descentralizar a arte. Desenvolvi oficinas de teatro e de escrita em diversos locais e para diversificados públicos, produzindo material que agregasse valor em vários âmbitos aos participantes. Foi desafiador e aprendi muito, me desdobrei, me transformei e ofereci o meu melhor em cada atividade. Amei tudo que fiz. Cada trabalho contou com a bagagem de mais de 40 anos de vivência no teatro, na literatura, na música e na vida que por si só já é arte diária. Em novembro publiquei o 18º livro de minha carreira: “O pitoresco que nos persegue”. Para o evento de lançamento desenvolvemos e apresentamos uma performance teatral com os alunos da oficina de leitura dramática e interpretativa que coroou a alegria deste processo cultural. Paralelamente às artes minha atuação como consultora em sistema de qualidade em área fabril também trouxe demandas e desafios novos em 2024.

 RC -  De que forma você acredita ter contribuído para a sua área ou comunidade este ano?

Renata - Contribui com uma visão diferenciada e integrativa nas artes. Sou mais conhecida como autora de livros, entretanto participei do FUC, em parceria com o músico Gegê Félix, como compositora de uma das canções concorrentes mostrando que as palavras podem ir além dos livros. Também pude mostrar a atuação em prol do desenvolvimento da cultura em nossa cidade através das oficinas do Projeto Satélite Cultural. No final do ano fui convidada para uma ação cultural na Villa Hilda e para isto criei o Tarô dos Livros, ou seja um conjunto de cartas, concebidas a partir de livros em seus atributos, que funciona para leitura e reflexão enquanto divulga obras e autores do Paraná e dos Campos Gerais. O mundo está repleto de mesmices, precisamos conceber e oferecer originalidade, algo que alcance as pessoas com valor, significado e autenticidade.

RC -  Qual foi o maior desafio enfrentado em 2024 e como ele impactou sua trajetória?

Renata - No começo de setembro fui surpreendida com o falecimento do meu companheiro dos últimos 34 anos, Osvaldo Souza Borges. Ele era meu “porto seguro”, sempre foi mais fácil voar e ousar nas artes tendo no amor dele um grande apoio. Agora sigo sozinha e agradecida por tudo que vivemos juntos e cada novo gesto nas artes vem em passos firmes, amadurecidos e amorosos.

 RC - Há algum projeto ou iniciativa de 2025 que você já gostaria de compartilhar conosco?

Renata - A área literária é minha referência e a partir dela ousamos em novas concepções. Para 2025 traremos ao público o livro “Gente viva” inspirado em pessoas reais e suas particularidades descritas em forma de crônicas e contos. Também tenho um projeto voltado para o teatro.

RC - Qual é a sua visão para o futuro da sua área ou setor no próximo ano e como você espera contribuir para esse cenário?

Renata - Com tantas ferramentas de IA surgindo o diferencial das pessoas será a originalidade e a integração de tudo em novas concepções. Usar tudo que já viveu como repertório para criação. As pessoas estão vivendo muita desorientação e ansiedades, a arte pode oferecer um espaço reconfortante mostrando com leveza os sentimentos e emoções que nos pertencem e que podem ser flexibilizados, suavizados e encaminhados. Todo o meu trabalho é norteado por estas premissas.

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