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AMCG afirma que tarifaço afeta região e municípios começam a perder empregos

Os impactos da tarifa de 50% sobre as importações brasileiras acarretou em prejuízos para empresas, o que também afeta na arrecadação e na vida da população

Dayane Sovinski afirmou que a AMCG acompanha os impactos do tarifaço na região
Dayane Sovinski afirmou que a AMCG acompanha os impactos do tarifaço na região -

A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) demonstrou preocupação com os impactos do 'tarifaço' em municípios da região. Os impactos da tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, imposta pelo governo dos Estados Unidos, acarretou em prejuízos para empresas, o que também afeta na arrecadação e na vida da população.

"Os impactos da tarifa já são sentidos de forma significativa aqui nos Campos Gerais, com empresas paralisando suas atividades e famílias inteiras preocupadas com o futuro. A AMCG está acompanhando de perto essa realidade, em constante diálogo com os prefeitos da região e o Governo do Estado, pois sabemos que cada posto de trabalho perdido representa um enorme desafio social e econômico para nossas cidades”, comentou a presidente da Associação e prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski (PSD).

Em Jaguariaíva, o setor madeireiro foi bastante afetado. A empresa BrasPine, referência na fabricação de molduras de Pinus, comunicou a adoção de férias coletivas para parte de seus funcionários na unidade de Jaguariaíva. A medida foi tomada diante das recentes tarifas anunciadas pelo governo norte-americano. Segundo apuração, aproximadamente 700 trabalhadores da unidade instalada na cidade deverão ser afetados. Outras empresas da região, como a Depinus Indústria (Curiúva) e a Sudati (Telêmaco Borba), também foram afetadas.

DEMISSÕES - Devido ao cenário, após anunciar férias coletivas em setores específicos da unidade de Guarapuava em 14 de julho, a Millpar anunciou que está adotando ajustes para mitigar os impactos sobre as atividades da empresa.

Em comunicado à imprensa, a empresa informou que precisou fazer demissões. "A persistência do cenário adverso tornou necessária a redução do quadro de colaboradores. Em Guarapuava, na nossa principal unidade, seguimos com as operações em andamento, mantendo nosso papel como um dos principais empregadores da Região, mesmo com a readequação do quadro de colaboradores".

De acordo com Ettore Giacomet Basile, CEO da empresa, na unidade de apoio de Quedas do Iguaçu, a decisão foi pela suspensão total das operações, com encerramento das atividades. "Estamos tomando decisões extremamente difíceis, mas que se tornam necessárias neste momento para manter a sustentabilidade do negócio e preservar parcela significativa dos postos de trabalho. Lamentamos muito perder parte de um time de excelentes colaboradores, mas temos de pensar também naqueles que ficam".

Ainda conforme Basile, além dos direitos legais, a Millpar concedeu benefícios adicionais para apoiar os profissionais desligados, como auxílio-alimentação temporário, apoio psicológico e suporte profissional para recolocação no mercado. "Em alinhamento com a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), a Millpar ressalta que as medidas anunciadas pelo governo brasileiro são paliativas e que a solução definitiva depende de negociação direta entre Brasil e Estados Unidos para adequar as tarifas a níveis comercialmente viáveis".

A Millpar, em Guarapuava, anunciou demissões na empresa.
A Millpar, em Guarapuava, anunciou demissões na empresa. |  Foto: Divulgação.
 

GOVERNO DO ESTADO - O Governo do Estado decidiu implementar uma série de medidas para proteger as empresas paranaenses que serão afetadas pelas tarifas. As medidas que serão implementadas envolvem oferta de crédito, flexibilização de prazos para investimentos já acordados e utilização de créditos de ICMS homologados no Siscred para monetizar ou usá-los como garantia na tomada de recursos. Os impactos sobre os setores ainda são incertos e o Governo do Estado não descarta adotar novas medidas ao longo das próximas semanas.

Com atuação no agronegócio, o prefeito de Guarapuava, Denilson Baitala (PSD), comentou a importância do setor na economia e falou sobre o trabalho em conjunto com o Estado. “A indústria da madeira, os cereais, já é muito forte. Eu tenho certeza que, trabalhando junto com o Governo do Estado, com projetos, podemos potencializar ainda mais o setor mesmo com as atuais adversidades”.

SUPORTE - Para a presidente da AMCG, o suporte do Estado é fundamental no atual momento. "Reconhecemos e valorizamos as medidas anunciadas pelo governador Ratinho Junior para apoiar as empresas paranaenses neste momento de crise. Esse suporte será fundamental para reduzir os efeitos negativos e dar fôlego ao setor produtivo, que é essencial para o desenvolvimento dos nossos municípios".

Por fim, Dayane afirma que a Associação segue atenta e atuante diante a situação. "Sempre em defesa dos interesses da nossa população e na busca de soluções conjuntas para enfrentar essa situação adversa”.

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